Estudo revela que dois terços das mulheres mortas por armas de fogo no Brasil são negras

Pesquisa destaca a prevalência da violência armada contra mulheres negras no país.
Pesquisa destaca a prevalência da violência armada contra mulheres negras no país.

Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Sou da Paz revelou que a maioria esmagadora das mulheres vítimas de homicídios com armas de fogo no Brasil são negras, totalizando 68,3% dos casos. O estudo, baseado nos registros do Ministério da Saúde de 2022 e em dados históricos até 2012, expõe a alarmante realidade da violência armada contra as mulheres no país.

Os resultados mostram que, em média, 2,2 mil mulheres são baleadas a cada ano, representando metade dos assassinatos femininos no Brasil. Entre as vítimas, 60% tinham entre 20 e 39 anos de idade em 2022, e em 27% dos casos o crime ocorreu dentro da residência da vítima, indicando a prevalência da violência doméstica.

A pesquisa também destaca que em 43% dos casos de mulheres assassinadas por armas de fogo, o agressor é alguém próximo, como parceiros íntimos, amigos ou familiares, e em um terço dos casos a vítima já havia sofrido episódios anteriores de violência. Além disso, o estudo aponta a relação entre o uso de armas de fogo e o aumento do risco de morte em casos de violência doméstica ou relacionada a relações afetivas.

Diante desses dados alarmantes, a pesquisa ressalta a importância de medidas de proteção e prevenção, incluindo a utilização do Formulário Nacional de Avaliação de Risco de Violência Doméstica e contra a Mulher, instituído por lei desde 2021. Esse instrumento visa identificar fatores de risco e subsidiar decisões judiciais para proteger as vítimas, especialmente em situações que envolvem ameaças com armas de fogo ou acesso do agressor a esse tipo de armamento.

*Com informações da Agência Brasil.


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