No dia 18 de março de 2024, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi palco de um evento marcante para a história e a memória do Brasil. Sob o título “Os 60 anos do Golpe e a Impunidade dos Crimes da Ditadura de 1964-85”, o debate realizado em conjunto com o lançamento dos livros “A revolta das vísceras e outros textos”, de Mariluce Moura, e “Pela Memória de um paí[s]: Gildo Macedo Lacerda, Presente!”, de Tessa Moura Lacerda, trouxe à tona o anseio por justiça e a saudade das vítimas desaparecidas durante o regime militar. No Salão Nobre da Reitoria da UFBA, diversas vozes se uniram para exigir respostas e denunciar a impunidade que perdura até os dias atuais.
A mesa de debate contou com a participação de figuras importantes na luta pela verdade e pela memória, incluindo representantes da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, líderes de grupos de pesquisa e familiares de vítimas da ditadura. O clamor por justiça e pela reinstalação da CEMDP foi unânime entre os presentes, evidenciando a necessidade urgente de enfrentar as consequências de um passado marcado por arbitrariedades e violações dos direitos humanos.
A jornalista e pesquisadora Mariluce Moura, autora de “A revolta das vísceras e outros textos”, destacou a importância de confrontar as “mentiras deliberadas” do período ditatorial e alertou para os paralelos preocupantes com a onda de desinformação na atualidade. Já a professora Tessa Moura Lacerda, filha de uma das vítimas da ditadura, ressaltou a necessidade de justiça e de contar a verdade sobre o destino de seu pai, Gildo Macedo Lacerda. Ambas as autoras apresentaram obras que lançam luz sobre os crimes da ditadura e buscam preservar a memória das vítimas, contribuindo para que nunca se esqueça o que foi feito pelo Estado brasileiro entre 1964 e 1985.
O evento na UFBA foi não apenas um momento de reflexão sobre o passado, mas também um chamado à ação para garantir que a história seja conhecida e que os responsáveis pelos crimes da ditadura sejam responsabilizados. Os livros lançados durante o evento representam mais do que simples publicações acadêmicas; são testemunhos vivos de uma época sombria da história brasileira, que precisa ser confrontada e superada para que o país possa seguir em frente com justiça e dignidade.
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