Atuação da Enel também é investigada no Rio de Janeiro e Ceará

Empresa de distribuição de energia elétrica enfrenta investigações e risco de perda de concessão em São Paulo, enquanto também é alvo de críticas e processos nos estados do Rio de Janeiro e Ceará.
Empresa de distribuição de energia elétrica enfrenta investigações e risco de perda de concessão em São Paulo, enquanto também é alvo de críticas e processos nos estados do Rio de Janeiro e Ceará.

Em meio a crescentes críticas e investigações, a Enel, gigante do setor de energia elétrica, enfrenta desafios em diversas frentes de sua atuação no Brasil. Recentemente, a empresa se viu sob escrutínio intenso devido aos recorrentes apagões em São Paulo, levando-a ao risco iminente de perder a concessão nesse estado. Contudo, o foco das preocupações não se limita apenas a São Paulo; investigações estão em andamento nos outros dois estados em que a Enel opera, Rio de Janeiro e Ceará, revelou o jornal Folha de S.Paulo.

No Ceará, a empresa se encontra no epicentro de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa, um desdobramento das crescentes insatisfações da população em relação aos serviços prestados. Em consonância, o presidente da CPI cearense, o deputado estadual Fernando Santana (PT), destacou a importância de ouvir a voz do povo para reforçar o trabalho da comissão. Em Fortaleza, a Enel lidera o ranking de reclamações do Procon do Ministério Público, acumulando quase 340 queixas apenas no último ano, apesar de sua presença de mais de duas décadas no estado.

No Rio de Janeiro, a situação não é menos tensa. Após fortes chuvas deixarem consumidores sem energia por vários dias, moradores de Petrópolis e Niterói expressaram sua indignação fechando vias em protesto contra a Enel. O Ministério Público Estadual abriu um processo investigativo, exigindo que a empresa restabeleça os serviços em até quatro horas após interrupções. Esses eventos levaram a Enel às últimas posições no ranking de qualidade de serviço da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nos três estados onde atua.

Enquanto isso, em São Paulo, o risco de cancelamento da concessão paira sobre a Enel, com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ordenando a abertura de um processo administrativo para investigar a empresa. Desde que assumiu o controle da Eletropaulo em 2018, a Enel já acumulou mais de R$ 300 milhões em multas, a maioria ainda pendente de pagamento devido a recursos.

Em resposta às acusações e à pressão crescente, a Enel ressaltou seu compromisso com um plano de investimento robusto de R$ 14 bilhões para aprimorar seus serviços, além de um reforço no quadro de funcionários. No entanto, o futuro da empresa permanece incerto diante das investigações em andamento e do risco iminente de perder uma de suas concessões mais importantes no Brasil.

*Com informações da Sputnik News.


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