A privatização de presídios avança no Brasil com o apoio do governo, abrindo um debate acalorado sobre os benefícios e riscos desse modelo. A iniciativa, que recebeu incentivo extra do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, tem como objetivo renovar o sistema prisional brasileiro e enfrentar os desafios enfrentados pelo país, como a superlotação e a violência nas prisões.
A nova legislação, estabelecida pelo Decreto nº 11.498/2023, assinado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, promove a inclusão da segurança pública e do sistema prisional nas atividades econômicas prioritárias para captação de recursos privados. O decreto, porém, foi emitido sem a manifestação técnica de importantes ministérios, levantando preocupações sobre seus impactos na sociedade.
O diferencial do decreto está no incentivo fiscal à construção e gestão de presídios pela iniciativa privada, com a emissão de debêntures incentivadas. Esse modelo atraiu o interesse de governos estaduais e empresas, culminando no leilão da concessão de um presídio PPP em Erechim, no Rio Grande do Sul. O projeto, estimado em R$ 2,52 bilhões, gerou controvérsias devido ao alto custo para o Estado e à falta de transparência nos processos de privatização.
Apesar das promessas de melhorias no sistema prisional, críticos argumentam que a privatização pode agravar problemas existentes, como a violação dos direitos humanos e a busca pelo lucro em detrimento da reabilitação dos detentos. Com o avanço desse modelo, o Brasil enfrenta um momento crucial na definição do futuro de seu sistema prisional e das garantias fundamentais de seus cidadãos.
*Com informações da Sputnik News.
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