De acordo com dados da Associação de Automóveis de Passageiros da China (CPCA), o Brasil se tornou o maior mercado de exportação para veículos elétricos (VEs) e híbridos plug-in chineses, superando a Bélgica. Em abril, as exportações para o Brasil aumentaram 13 vezes em relação a 2023, alcançando 40.163 unidades. Este crescimento expressivo fez do Brasil o principal mercado de exportação por dois meses consecutivos.
O aumento das exportações para o Brasil está relacionado ao redirecionamento da produção chinesa, que enfrenta barreiras protecionistas no comércio europeu e norte-americano. Em janeiro, o Brasil ocupava a décima posição no mercado de exportação, demonstrando uma rápida ascensão no ranking global.
Apesar do crescimento no mercado brasileiro, o governo do país anunciou a implementação de tarifas sobre veículos elétricos e híbridos importados a partir de julho. A medida visa incentivar a produção local de automóveis e estimular a competitividade no mercado interno.
Diversas montadoras chinesas já estão respondendo a essa nova política com investimentos significativos na produção local. A BYD iniciou a construção de um complexo de fabricação, com previsão de início de produção local até o final de 2024 ou início de 2025. A Great Wall Motor também anunciou que sua fábrica no Brasil começará a operar ainda este mês.
Embora o Brasil tenha assumido a liderança nas exportações de veículos elétricos e híbridos, a Rússia continua a ser o principal mercado de exportação de automóveis chineses em termos globais. Nos primeiros quatro meses deste ano, as exportações para a Rússia aumentaram 23%, totalizando 268.779 veículos. Durante o mesmo período, as exportações para o México e o Brasil aumentaram 27% e 536%, respectivamente, com o Brasil recebendo 106.448 veículos chineses.
*Com informações da Sputnik News.
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