O aumento significativo de deslocamentos em Gaza, especialmente em Rafah, está exacerbando a crise humanitária na região, com mais de 800 mil pessoas fugindo de suas casas desde o início de maio. Este êxodo em massa está sobrecarregando os serviços da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (Unrwa), com quase 150 mil pessoas buscando assistência em Khan Younis nos últimos 10 dias.
Os deslocamentos resultaram em um aumento de 36% na população nas instalações da Unrwa, onde famílias estão vivendo em condições precárias, muitas entre escombros de escolas danificadas, sem acesso a serviços básicos e suprimentos essenciais.
A crise de saúde também está se agravando, com a rápida disseminação de doenças transmissíveis. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reporta um aumento significativo nos casos de diarreia, infecções respiratórias e outras enfermidades. Hospitais em Gaza estão enfrentando dificuldades operacionais, com dois deles no norte correndo o risco de fechar suas portas.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) está trabalhando para fornecer alimentos e refeições quentes para as famílias deslocadas, mas a escassez de alimentos e água potável continua sendo uma preocupação grave. Enquanto isso, a relatora especial da ONU sobre Tortura está instando o governo de Israel a investigar alegações de tratamentos desumanos contra palestinos detidos desde 2023, ressaltando a importância de tratar todas as pessoas com humanidade, independentemente das circunstâncias de sua detenção.
*Com informações da ONU News.
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