A tendência global em direção à desdolarização está ganhando destaque, e os analistas acreditam que isso pode trazer implicações significativas para a economia brasileira, particularmente no setor industrial. De acordo com especialistas consultados pela Sputnik Brasil, a utilização de moedas alternativas, como o yuan chinês, em transações comerciais está se tornando cada vez mais comum, e o Brasil está começando a explorar ativamente essa abordagem.
Grandes empresas brasileiras, como a mineradora Vale e a Suzano, líder mundial na produção de celulose, já adotaram essa estratégia, realizando transações com a China em yuan. Este movimento é considerado parte de uma tendência global, com apoio tanto do setor privado quanto de instituições financeiras, como o Bocom BBM, que recentemente aderiu ao Cross-Border Interbank Payment System (CIPS), uma alternativa chinesa ao sistema SWIFT.
Segundo os analistas, negociar em yuan pode trazer diversas vantagens para as empresas brasileiras, incluindo a redução de custos de transação e o acesso a novos mercados de capitais chineses. Esse processo, embora gradual, representa uma mudança significativa no sistema monetário internacional, com implicações econômicas importantes para países como o Brasil.
Alexandre Coelho, professor de relações internacionais, destaca que a crescente importância da China na economia mundial está impulsionando essa evolução do sistema monetário. Ele enfatiza que, embora o dólar ainda seja dominante, o aumento do uso do yuan nas transações globais é uma tendência a ser observada.
Para Sergio Quadros, economista com experiência no mercado financeiro chinês, o uso do yuan por empresas brasileiras é um indicador claro da internacionalização da moeda chinesa. Ele ressalta que essa mudança não se trata apenas de desdolarização, mas também de abrir novas oportunidades de negócios entre o Brasil e a China.
Johnny Silva Mendes, professor de economia, destaca que esse movimento pode beneficiar a indústria brasileira, especialmente ao permitir a exportação de produtos manufaturados para a China. Ele enfatiza que essa mudança pode ser crucial para o desenvolvimento da indústria nacional e para reduzir a dependência do Brasil em relação ao dólar.
*Com informações da Sputnik News.
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