Governança ambiental na Bahia resulta em estratégias para preservação e desenvolvimento da Caatinga

Autoridades e especialistas discutem a preservação da Caatinga durante o seminário "Recaatingar" em Recife, PE.
Autoridades e especialistas discutem a preservação da Caatinga durante o seminário "Recaatingar" em Recife, PE.

A Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, estende-se pela maioria do território baiano, caracterizando-se por uma vegetação adaptada às condições semiáridas. Sua relevância ambiental é evidenciada pelo dia 28 de abril, quando é celebrado nacionalmente. Nesta data, é oportuno destacar as ações da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) em prol da preservação e do desenvolvimento sustentável dessa região.

Por meio de parcerias estratégicas e convênios com instituições federais, os órgãos de proteção ambiental da Bahia elaboram programas para recuperar áreas degradadas, proteger bacias hidrográficas e combater os efeitos da desertificação e da seca. Recentemente, um acordo de cooperação entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Consórcio Nordeste, em parceria com a Sema, foi anunciado durante o seminário “Recaatingar: estratégias de proteção ambiental e inclusão produtiva” em Recife (PE), visando a captação de investimentos para conservação e desenvolvimento sustentável do bioma.

O secretário do Meio Ambiente, Eduardo Mendonça Sodré Martins, explica que o Fundo Caatinga surge como resposta à necessidade de proteção e reconhecimento desse espaço, visando também promover o recaatingamento, a preservação ambiental e a compensação pelos serviços ecossistêmicos prestados. Contrariamente ao Fundo Amazônia, focado no combate ao desmatamento ilegal, o Fundo Caatinga prioriza o desenvolvimento econômico sustentável, eficiência energética, apoio à agricultura familiar e fortalecimento das bases sociais da região.

Revitalização de bacias e mitigação dos efeitos da seca

Além do acordo de cooperação, convênios como o Programa Estadual de Revitalização de Bacias, em parceria com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), e a atualização do Plano de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAE-Bahia), em conjunto com o MMA, são evidências dos esforços empreendidos. Tais iniciativas representam passos significativos na estratégia de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca, alinhados às diretrizes nacionais de preservação ambiental.

Produção de peixes e cultivo de plantas

Outra frente de atuação está na produção de alimentos e na sustentabilidade hídrica das comunidades locais. O Programa Água Doce (PAD Bahia) desenvolve projetos de criação de animais aquáticos e implantação da agricultura biossalina, contribuindo não apenas para a subsistência das populações, mas também para a manutenção dos recursos naturais da região.

Importância biológica da Caatinga e sua sociobiodiversidade

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) desempenha um papel fundamental na preservação da Caatinga, por meio de monitoramentos constantes e ações de educação ambiental. A sociobiodiversidade desse bioma, habitado por comunidades tradicionais, destaca sua importância cultural e ambiental. O Comitê da Reserva da Biosfera da Caatinga da Bahia (CERBCAAT), coordenado pelo Inema, é um modelo de gestão integrada e participativa dos recursos naturais, visando à conservação das espécies e à criação de áreas protegidas.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.