Ministério da Fazenda eleva estimativa de crescimento do PIB para 2,5% em 2024

Ministério da Fazenda revisa projeções econômicas, com destaque para o aumento na estimativa de crescimento do PIB e inflação.
Ministério da Fazenda revisa projeções econômicas, com destaque para o aumento na estimativa de crescimento do PIB e inflação.

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou, de 2,2% para 2,5%, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024. As novas previsões foram apresentadas no Boletim Macrofiscal divulgado nesta quinta-feira (16/05/2024), que também trouxe mudanças na projeção para a inflação, elevando a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,5% para 3,7% em 2024.

De acordo com a SPE, diversos fatores contribuíram para a revisão positiva do crescimento do PIB, incluindo o avanço das vendas no varejo e dos serviços prestados às famílias, o aumento na criação de postos de trabalho e a expansão das concessões de crédito. Além disso, os sinais de recuperação do investimento, especialmente na construção civil e no crescimento das importações de bens de capital, também foram determinantes.

Outro elemento que influenciou a elevação das previsões de crescimento foi o desempenho das exportações, impulsionado pela recente alta do dólar, que melhora a competitividade das vendas externas brasileiras.

Setores econômicos

Ao analisar os setores econômicos, a SPE indicou que a expansão projetada para os serviços em 2024 mais do que compensou as revisões negativas para a agropecuária e a indústria. A estimativa para a agropecuária passou de uma queda de 1,3% para uma queda de 1,4%, refletindo a redução nas previsões para as safras de soja e milho. Para a indústria, a projeção foi ajustada de um crescimento de 2,5% para 2,4%, devido a dados fracos no primeiro trimestre para a indústria extrativa e a produção de bens de capital. Em contrapartida, a projeção para os serviços subiu de 2,4% para 2,7%.

Impacto das enchentes no Rio Grande do Sul

As estimativas para o PIB não consideram os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul, que possuem um peso significativo no PIB brasileiro (cerca de 6,5%). Segundo a SPE, a magnitude do impacto dependerá da ocorrência de novos eventos climáticos, transbordamentos desses impactos para estados vizinhos e dos efeitos de programas de auxílio fiscal e de crédito. As atividades ligadas à agropecuária e à indústria de transformação são as mais suscetíveis aos impactos das enchentes.

Inflação

A revisão da projeção para o IPCA reflete tanto a alta do dólar sobre os preços livres quanto os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul sobre a oferta de alimentos in natura, arroz, carnes e aves. A SPE espera que esses preços subam nos próximos dois meses, mas que parte desse aumento seja compensada posteriormente com a normalização da oferta.

A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que influencia o salário mínimo e as aposentadorias, foi ajustada de 3,25% para 3,5%. Já a estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi mantida em 3,5% para este ano.

Próximos passos

Os dados do Boletim Macrofiscal servirão de base para o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado em 22 de maio. Esse relatório, publicado bimestralmente, traz previsões para a execução do Orçamento, levando em conta o desempenho das receitas e as previsões de gastos do governo. A avaliação do cumprimento da meta de déficit primário e do limite de gastos do novo arcabouço fiscal pode levar ao bloqueio de alguns gastos não obrigatórios.

*Com informações da Agência Brasil.


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