O Ministério Público Federal (MPF) concluiu um inquérito que revela a colaboração estreita do Porto de Santos com os órgãos do regime militar, coordenando a perseguição a trabalhadores e inibindo atividades sindicais. O MPF busca que a Autoridade Portuária de Santos repare os prejuízos causados durante a ditadura. Em reunião realizada nesta terça-feira (21/05/2024), o MPF e representantes da Autoridade Portuária discutiram as medidas necessárias para essa reparação.
O inquérito, conduzido em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), investiga a associação de empresas ao regime militar para perseguição política de trabalhadores. Segundo as apurações, a então administração portuária de Santos manteve vínculo estreito com os órgãos do regime, colaborando intensamente com a repressão. A Companhia Docas de Santos (CDS), antecessora da Codesp, foi uma das fundadoras e financiadoras do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes), entidade envolvida no planejamento do golpe de 1964. O MPF aponta que a CDS tinha uma estrutura de policiamento no Porto de Santos para monitorar as movimentações de seus empregados, facilitando a ação repressiva dos órgãos do regime. O contexto no porto era de baixa remuneração, jornadas ampliadas e falta de condições de segurança, além da perseguição a sindicalistas.
*Com informações da Agência Brasil.
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




