Protestos violentos forçam fechamento de agência da ONU em Jerusalém

Manifestantes incendiaram sede da Unrwa em Jerusalém Oriental, forçando o fechamento temporário da agência.
Manifestantes incendiaram sede da Unrwa em Jerusalém Oriental, forçando o fechamento temporário da agência.

Na noite de quinta-feira (09/05/2024), uma onda de protestos violentos atingiu Jerusalém Oriental, culminando no incêndio da sede da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa). O ato de vandalismo forçou o fechamento temporário do complexo, enquanto o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenava veementemente a violência, ressaltando a necessidade de proteger trabalhadores humanitários e recursos.

Philippe Lazzarini, comissário-geral da Unrwa, relatou que residentes israelenses provocaram incêndios no perímetro da agência, enquanto uma multidão, acompanhada por homens armados, incitava à destruição das instalações da ONU. Este foi o segundo incidente em menos de uma semana, após um protesto similar na terça-feira, onde manifestantes atiraram pedras contra o pessoal da ONU e os edifícios. Apesar dos danos materiais, não houve vítimas entre os funcionários da Unrwa.

Enquanto isso, a situação humanitária em Gaza se deteriora rapidamente. Uma operação militar israelense em curso na cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, tem levado a uma fuga em massa da população em busca de segurança. Mais de 110 mil pessoas já fugiram de Rafah desde o início dos bombardeios israelenses, e a operação humanitária em todo o enclave foi paralisada. Trabalhadores humanitários da ONU alertaram que um cessar-fogo é a única esperança para evitar mais mortes e restaurar a entrega de ajuda.

Enquanto isso, o subsecretário-geral de Assuntos Humanitários da ONU, Martin Griffiths, expressou preocupação com o bloqueio das passagens de Rafah e Kerem Shalom, principais pontos de entrada para ajuda alimentar, água, combustível e insumos médicos em Gaza. A ausência de ajuda está exacerbando a crise humanitária na região, com várias instalações de saúde prestes a ficarem sem combustível nas próximas 24 horas.

Diante das ordens de evacuação emitidas pelos militares israelenses, a população de Rafah está fugindo para áreas vizinhas, sobrecarregando os recursos disponíveis e aumentando a pressão sobre as equipes de ajuda. A situação é descrita como desesperadora, com pessoas exaustas e aterrorizadas em busca de segurança e assistência.

*Com informações da ONU News.


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