Brasil adere à Aliança Internacional para a resiliência à seca

O Brasil se junta à Aliança Internacional para a Resiliência à Seca, fortalecendo o compromisso global no combate à desertificação e à seca.
O Brasil se junta à Aliança Internacional para a Resiliência à Seca, fortalecendo o compromisso global no combate à desertificação e à seca.

O Brasil é o mais recente país a integrar a Aliança Internacional para a Resiliência à Seca (IDRA, na sigla em inglês), uma coalizão global lançada durante a 27ª Cúpula da ONU sobre o Clima (COP27). A Aliança mobiliza capital político, técnico e financeiro para preparar o mundo para secas mais severas, um problema agravado pelas mudanças climáticas.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, cerca de 38 milhões de brasileiros em 1.561 municípios são vulneráveis à desertificação e à seca. Adicionalmente, 1,4 milhão de quilômetros quadrados de terras em 13 estados enfrentam risco semelhante. Com a adesão à IDRA, o Brasil fortalece seu compromisso internacional de combater esses desafios ambientais.

Lançada pelos líderes da Espanha e do Senegal, a Aliança é hospedada pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD). Em um evento realizado em Petrolina, Pernambuco, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou a importância da adesão do Brasil à Aliança.

“A adesão do Brasil à Aliança Internacional para a Resiliência à Seca demonstra a determinação do governo em combater a seca e a desertificação, promover a segurança alimentar e hídrica e combater as desigualdades”, afirmou Silva.

Durante o evento, uma campanha nacional de combate à desertificação e à seca foi lançada. Este evento também marcou o encerramento da visita à região semiárida da Caatinga, uma ecorregião que cobre cerca de 70% do Nordeste brasileiro e 11% da área total do país. Recentemente, pesquisadores brasileiros identificaram a primeira região árida do país e projetaram a expansão de terras semiáridas em grande parte do território.

A ministra Marina Silva enfatizou que o objetivo é promover o desenvolvimento sustentável, garantindo a proteção da biodiversidade e das comunidades na região semiárida. Autoridades na Caatinga estão apoiando iniciativas comunitárias para restaurar bacias hidrográficas, melhorar práticas agrícolas e coletar água, visando aumentar a resiliência à seca.

Ibrahim Thiaw, secretário-executivo da UNCCD, elogiou o compromisso do Brasil em investir proativamente em terras e meios de subsistência resilientes. Thiaw ressaltou que preparar sociedades e economias para secas antes que ocorram é mais econômico e evita sofrimento humano.

Em 2024, diversos eventos importantes sobre desertificação e seca estão programados. A COP16 da UNCCD será realizada no Oriente Médio pela primeira vez, na Arábia Saudita. Em 17 de junho, o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca marcará o 30º aniversário da UNCCD. Além disso, uma reunião de alto nível sobre a política nacional de seca acontecerá em Genebra, reunindo formuladores de políticas e profissionais para avaliar progressos e traçar caminhos futuros para a resiliência à seca.


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