Congresso Nacional africano busca alianças após derrota histórica na África do Sul

CAN procura formar um novo governo em meio a uma virada histórica nas eleições sul-africanas, enquanto partido de Zuma recusa os resultados.
CAN procura formar um novo governo em meio a uma virada histórica nas eleições sul-africanas, enquanto partido de Zuma recusa os resultados.

O Congresso Nacional Africano (CAN), no poder na África do Sul há três décadas, declarou neste domingo (02/06/2024) que entrará em negociações com outros partidos para formar um novo governo, depois de perder pela primeira vez a maioria absoluta no Parlamento. Já o novo partido criado pelo ex-presidente Jacob Zuma boicotou a cerimônia de divulgação dos resultados oficiais do pleito.

Zuma, ex-líder do CAN e um dos fundadores do recém criado uMkhonto weSizwe (MK), não compareceu à proclamação dos números. A decisão confirma a intenção do ex-presidente de contestar os resultados da eleição, que deu à sigla 49 assentos parlamentares. O desempenho foi a maior surpresa desta eleição.

Questionado sobre a razão pela qual Zuma não esteve presente no anúncio dos resultados, ao contrário das lideranças dos demais partidos, o porta-voz do MK, Nhlamulo Ndhlela, disse que comparecer seria equivalente a “endossar uma declaração ilegal”.

O Congresso Nacional Africano, partido do líder Nelson Mandela e atualmente liderado pelo presidente Cyril Ramaphosa, conquistou apenas 159 das 400 cadeiras nas eleições de quarta-feira (29), segundo os números finais da apuração. Este é o pior resultado para o partido que chegou ao poder em 1994, em meio à luta contra a segregação racial do apartheid, e que governa com maioria absoluta desde então.

“A CAN está empenhada em formar um governo que reflita a vontade do povo, que seja estável e capaz de governar eficazmente”, disse o secretário-geral da sigla, Fikile Mbalula, em coletiva de imprensa.

O partido deve negociar um governo de coalizão ou pelo menos convencer outros partidos a apoiarem a reeleição de Ramaphosa no Parlamento, para lhe permitir formar um governo de minoria. Mbabula indicou que as discussões seriam realizadas internamente e com outros grupos “nos próximos dias”.

*Com informações da RFI.


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