CPI da Câmara de São Paulo propõe fim do contrato com Enel após relatório de investigação

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel na Câmara Municipal de São Paulo sugere intervenção na empresa e anulação do contrato de concessão de energia elétrica.
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel na Câmara Municipal de São Paulo sugere intervenção na empresa e anulação do contrato de concessão de energia elétrica.

A quarta-feira (5) foi marcada por um passo significativo na investigação sobre a atuação da Enel em São Paulo. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal aprovou o relatório final, propondo a intervenção na empresa e a revogação do contrato de concessão para distribuição de energia elétrica na capital e em 23 municípios da região metropolitana.

O relatório, apoiado por quatro votos favoráveis e dois contrários, destaca a necessidade de ações urgentes para melhorar a infraestrutura de distribuição e o atendimento da Enel. Além da anulação do contrato, a CPI exigiu que a empresa cumpra o compromisso de investir R$ 6,2 bilhões em melhorias, contrate mais funcionários para aprimorar o atendimento ao cliente e melhore os canais de comunicação.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi instada a exigir um plano de mitigação de desastres por parte da Enel, enquanto a prefeitura deve centralizar os pedidos de poda de árvores que possam interferir na rede elétrica. A empresa também foi cobrada a apresentar um plano e cronograma para aterramento de fios.

O relatório será encaminhado ao Ministério Público, à Defensoria Pública e ao Tribunal de Contas do Município de São Paulo. A Enel, por sua vez, respondeu às acusações afirmando que cumpre todas as obrigações contratuais e que algumas recomendações do relatório coincidem com ações recentemente anunciadas pela empresa.

A CPI da Enel foi instaurada em novembro do ano passado, após um apagão que deixou 2,1 milhões de clientes sem energia elétrica na capital paulista. Em fevereiro deste ano, a Enel foi multada em R$ 165,8 milhões pela Aneel por não prestar serviços adequados após o incidente. Recentemente, a Senacon também multou a empresa em R$ 13 milhões devido a falhas no fornecimento de energia e demora no restabelecimento do serviço.

*Com informações da Agência Brasil.


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