Instituto Anísio Teixeira celebra 41 anos de dedicação à educação na Bahia

Nesta semana, o Instituto Anísio Teixeira (IAT) comemora 41 anos de contribuições significativas para a educação na Bahia com o seminário “Educação e a máquina de fazer democracia”. O evento, que ocorre nos dias 3 e 4 de junho de 2024, reúne educadores, especialistas e autoridades para discutir a produção e difusão do conhecimento por meio de conferências, mesas-redondas, oficinas temáticas, cine-debate e uma mostra interativa. Durante a programação, também será lançado o volume 12 da Revista Estudos IAT, com artigos sobre “Estado, educação e democracia” e outras temáticas relevantes.

Ao longo de suas quatro décadas de atuação, o IAT tem desempenhado um papel fundamental no fortalecimento da democracia e no desenvolvimento sustentável da Bahia. A instituição promove pesquisas, experimentos e ações educativas focadas na construção de saberes e na melhoria dos processos de ensino e aprendizagem. A secretária da Educação do Estado, Rowenna Brito, destacou a inseparabilidade entre educação e democracia.

“Não faz sentido pensar em escolas sem estudantes e educadores. Estamos tratando de tecnologia, inovação, da garantia da aprendizagem com sentido para nossos alunos. Hoje é dia de comemorar e reafirmar nosso compromisso com a Educação”, afirmou.

O IAT tem sido pioneiro em programas e projetos voltados para a qualificação de educadores, refletindo na oferta de oportunidades tanto em centros urbanos quanto em zonas rurais. O diretor do IAT, Iuri Rubim, enfatizou a importância das parcerias com universidades e organizações não governamentais.

“Trabalhamos com o tripé formação, inovação e produção de conhecimento. Somos uma das poucas organizações dedicadas à formação de educadores e procuramos estar à altura do legado do Anísio Teixeira”, declarou Rubim.

Durante a palestra de abertura das comemorações, Moacir Gadotti, doutor em Educação, ressaltou a importância da educação para a democracia, relembrando o pioneirismo de Anísio Teixeira desde a década de 1930.

“O instituto sempre primou pela inovação e formação com o uso das tecnologias. Hoje, elas são definitivas na Educação e na nossa história, mas temos um enorme desafio que é o de não perdermos de vista o sonho da liberdade. Se não colocarmos o humano acima, poderemos nos tornar escravos da tecnologia”, refletiu Gadotti, destacando a importância do acesso e da permanência na escola para superar o elitismo pedagógico e promover a qualificação social.

O seminário também conta com a participação de figuras expressivas da área educacional da Bahia e de outros estados. Entre os palestrantes estão Andréa May, coordenadora Educativa do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC); Adriana Marmori, reitora da Universidade do Estado da Bahia (UNEB); Cassandra Pontes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Fábio Meireles, da Secretaria de Comunicação do Governo Federal; e Rosy Mary dos Santos Isaías, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Eles abordarão temas como “Formação de professores por uma educação plural e emancipatória”, “O papel da educação na era das mídias”, “Educação Arte Tech: conexões criativas para o aprendizado”, “Democratização no acesso à produção de conhecimento” e “Histórias de formação e experiências no/com o IAT”.