Um relatório divulgado pela Unesco nesta segunda-feira (03/06/2024) revela que 72% das 1.473 espécies ameaçadas de extinção encontram abrigo em Áreas Marinhas Protegidas (AMPs). Essas áreas são fundamentais para a preservação da biodiversidade, segurança alimentar e saúde dos oceanos, mostrando-se como unidades de conservação de extrema importância.
As AMPs são delimitadas com o propósito específico de conservar espécies e recursos naturais. Elas aplicam medidas rigorosas para garantir o desenvolvimento sustentável, o turismo ecológico e a pesca ordenada e não predatória.
Embora a maior parte das áreas protegidas esteja localizada no mar territorial, apenas 27% do mar territorial do Brasil está coberto por unidades de conservação. Isso destaca a necessidade de uma expansão e fortalecimento das AMPs para garantir a proteção efetiva dos ecossistemas marinhos.
Além de destacar a importância das AMPs, o relatório aborda uma série de preocupações relacionadas ao estado dos oceanos. Desde a elevação da temperatura das águas até a acidificação e a poluição por plásticos, os pesquisadores alertam para os desafios enfrentados pelos ecossistemas marinhos em todo o mundo.
A acidificação dos oceanos, causada pela absorção de dióxido de carbono, afeta negativamente a biodiversidade marinha e exige medidas de mitigação urgentes. Além disso, a poluição por plásticos tem aumentado de forma alarmante desde a década de 1990, representando uma ameaça significativa para a vida marinha.
O relatório também destaca o papel crucial dos oceanos na segurança alimentar global. Com o crescimento populacional projetado para os próximos anos, a produção sustentável de alimentos aquáticos torna-se ainda mais importante para enfrentar os desafios nutricionais, sociais e ambientais do futuro.
*Com informações da Agência Brasil.
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