O presidente russo, Vladimir Putin, desembarcou em Pyongyang nesta terça-feira (18/06/2024), marcando sua primeira visita à Coreia do Norte. O objetivo da viagem é reforçar os laços de defesa entre os dois países, que compartilham uma história de cooperação desde a fundação da Coreia do Norte após a Segunda Guerra Mundial. Antes de embarcar, Putin elogiou a Coreia do Norte por seu apoio à guerra de Moscou na Ucrânia.
Imagens da mídia estatal russa mostraram enormes faixas em Pyongyang com uma fotografia sorridente de Putin e os dizeres “damos calorosas boas-vindas ao presidente Putin!”, acompanhadas de bandeiras russas. A viagem ocorre em um momento de isolamento internacional para Putin, agravado pela invasão da Ucrânia em 2022, que levou o Ocidente a sancionar a Rússia.
Os Estados Unidos e aliados têm acusado a Coreia do Norte de fornecer armamentos, incluindo mísseis balísticos, à Rússia para uso na Ucrânia. Pyongyang nega essas alegações, mas Putin, antes da viagem, agradeceu ao governo de Kim Jong-Un pelo apoio às operações militares russas na Ucrânia. Putin destacou que a Rússia e a Coreia do Norte estão “desenvolvendo ativamente a parceria multifacetada” apesar das sanções da ONU que ambos os países enfrentam.
As sanções impostas à Coreia do Norte desde 2006 devem-se aos seus programas proibidos de mísseis nucleares e balísticos, enquanto a Rússia enfrenta sanções devido à invasão da Ucrânia. Putin elogiou a Coreia do Norte por “defender seus interesses de forma muito eficaz”, apesar da pressão econômica e das ameaças militares dos Estados Unidos.
A Coreia do Norte afirmou que a visita de Putin fortalecerá ainda mais os laços entre os dois países, destacando que a cooperação está se intensificando diariamente. A agência de notícias oficial de Pyongyang declarou que a visita “dará nova vitalidade ao desenvolvimento das relações cooperativas de boa vizinhança”.
Em resposta às alegações de fornecimento de armas, a Coreia do Norte considerou essas acusações “absurdas”, mas reconheceu a ajuda russa ao utilizar seu veto na ONU para interromper a monitorização de violações das sanções. Autoridades dos Estados Unidos expressaram preocupação com a visita de Putin, citando implicações de segurança tanto para a Coreia do Sul quanto para a Ucrânia.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, alertou sobre o uso contínuo de mísseis balísticos norte-coreanos em alvos ucranianos e a possível reciprocidade que poderia afetar a segurança na península coreana. Esse alerta foi reforçado por um incidente na fronteira entre as duas Coreias, onde soldados do norte cruzaram brevemente para o sul, resultando em um tiroteio.
*Com informações da RFI.
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