Agenda coletiva promove mais de 150 atividades do programa ‘Julho das Pretas nas Escolas’ no Nordeste

Programação do Julho das Pretas nas Escolas abrange diversas atividades educacionais para refletir sobre racismo e violência contra meninas e jovens negras.
Programação do Julho das Pretas nas Escolas abrange diversas atividades educacionais para refletir sobre racismo e violência contra meninas e jovens negras.

Em mais um ano de mobilização, ativistas, educadores, estudantes e professores de instituições de ensino se reuniram para construir a Agenda do Julho das Pretas nas Escolas, que faz parte da 12ª edição do Julho das Pretas – Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver. A programação exclusiva de atividades, que serão realizadas em escolas da Região Nordeste, inclui rodas de conversa, festivais, exposições, cine-debates, ciclos de formação política, seminários, marchas e diversas outras ações.

A ação é organizada pelo Programa de Educação do Odara – Instituto da Mulher Negra, em parceria com o Grupo de Trabalho (GT) de Educação para as Relações Étnico-Raciais da Rede de Mulheres Negras do Nordeste. O objetivo da agenda é provocar reflexões e diálogos sobre a construção de caminhos de enfrentamento ao racismo e às diversas formas de violência que afetam meninas, adolescentes e jovens negras.

Neste ano, a Agenda destaca a diversidade dos territórios do Nordeste, com mais de 150 atividades propostas por educadores, estudantes e ativistas de toda a região. A programação também visa sensibilizar a sociedade sobre importantes marcos educacionais deste ano: os 21 anos da Lei 10.639/03, que institui a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira nos currículos escolares; a elaboração do novo Plano Nacional de Educação (PNE) para a próxima década (2024-2034); e a implementação da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ).

Além desses marcos políticos, o movimento incentiva escolas e organizações que atuam com educação a discutirem outros temas que impactam as trajetórias de meninas negras, como direitos sexuais e reprodutivos, ressaltando a importância da educação como ferramenta para o monitoramento e denúncia de violações de direitos de crianças e adolescentes.

A agenda nas escolas também integra a programação geral do Julho das Pretas, que conta com 539 atividades voltadas para a promoção da igualdade racial e o bem-estar das mulheres negras.


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