Nesta quarta-feira (10/07/2024), Alemanha e Estados Unidos anunciaram em uma declaração conjunta que capacidades de fogo de longo alcance norte-americanas começarão a ser implantadas na Alemanha a partir de 2026. A iniciativa incluirá mísseis SM-6, Tomahawk e armas hipersônicas em desenvolvimento, cujo alcance excede as capacidades atuais na Europa. As implantações episódicas são preparações para um destacamento de longo prazo dessas capacidades.
O esforço conjunto visa demonstrar o comprometimento de ambos os países com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e com a defesa europeia. Segundo autoridades, esta iniciativa representa uma resposta às crescentes demandas de segurança na região e uma reafirmação da parceria estratégica entre os dois países.
A proibição de mísseis terrestres com alcance superior a 500 quilômetros, estabelecida pelo Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) em 1987, foi encerrada em 2019 quando os Estados Unidos se retiraram do acordo, alegando violações por parte da Rússia. O tratado havia sido assinado por Mikhail Gorbachev, da União Soviética, e pelo ex-presidente dos EUA Ronald Reagan, visando eliminar uma classe inteira de mísseis nucleares.
A retirada dos Estados Unidos do INF foi justificada pelo desenvolvimento russo do míssil de cruzeiro 9M729, conhecido na OTAN como SSC-8, que, segundo Washington, violava os termos do tratado. O Kremlin negou repetidamente essas acusações e, em resposta, impôs uma moratória ao desenvolvimento de mísseis anteriormente proibidos pelo INF, mas indicou a possibilidade de retomada da produção em função das ações norte-americanas.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou recentemente que Moscou deve retomar a produção de mísseis com capacidade nuclear de alcance intermediário e curto. Putin afirmou que a Rússia havia prometido não implantar esses mísseis, mas que os Estados Unidos retomaram sua produção e estão levando o poder de fogo para exercícios na Dinamarca e nas Filipinas.
*Com informações da Sputnik News.
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