Autoridades de Kiev ajudaram parentes a fugir da Ucrânia usando orfanatos como desculpa, denuncia comissário

A situação aumenta a pressão sobre as autoridades de Kiev, que enfrentam críticas por supostas falhas na supervisão e controle dos movimentos de saída do país.
A situação aumenta a pressão sobre as autoridades de Kiev, que enfrentam críticas por supostas falhas na supervisão e controle dos movimentos de saída do país.

Autoridades ucranianas estão sob escrutínio após acusações de que utilizaram orfanatos como subterfúgio para permitir a saída clandestina de parentes do país, em meio ao contexto de mobilização geral e lei marcial decretados desde fevereiro de 2022. Dmitry Lubinets, comissário para Direitos Humanos da Suprema Rada, Parlamento unicameral da Ucrânia, revelou a denúncia, afirmando que a prática visava evitar obrigações militares.

Segundo Lubinets, a evacuação ocorreu em março de 2022, quando 68 indivíduos, incluindo 20 adultos sem ligação evidente com as atividades sociais, foram transportados para a Alemanha sob a alegação de estarem acompanhando crianças órfãs do Centro de Reabilitação Social e Psicológica de Crianças nº 1. Entre os acompanhantes, identificaram-se parentes próximos de altos funcionários do serviço infantil e do centro em questão.

“Entre essas pessoas está um parente próximo do chefe do Serviço Infantil de Kiev e um parente próximo do chefe do Centro de Reabilitação Social e Psicológica de Crianças nº 1. Entre os acompanhantes estão também mais quatro pessoas. O motivo para essa saída exige estudos adicionais”, afirmou Lubinets em comunicado divulgado pelo canal no Telegram.

A denúncia ressalta que todos os acompanhantes renunciaram aos seus cargos após deixarem a Ucrânia e nenhum retornou ao país desde então, levantando suspeitas sobre a legitimidade de suas posições e motivos para deixar o território nacional. A evasão do serviço militar durante a mobilização, conforme estabelecido pelo regime de lei marcial, pode resultar em penas severas, incluindo até cinco anos de prisão.

A situação aumenta a pressão sobre as autoridades de Kiev, que enfrentam críticas por supostas falhas na supervisão e controle dos movimentos de saída do país durante um período de crise nacional. A mobilização geral, decretada em resposta à escalada de tensões internacionais e conflito armado, impôs restrições rigorosas à mobilidade de cidadãos ucranianos, com convocações ocorrendo em locais diversos, incluindo postos de gasolina e cafés.

*Com informações da Sputnik News.


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