Brasil avança na imunização infantil e sai da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas

O país registrou aumento significativo na cobertura vacinal infantil e reduziu o número de crianças não imunizadas, conforme relatórios da OMS e UNICEF.
O país registrou aumento significativo na cobertura vacinal infantil e reduziu o número de crianças não imunizadas, conforme relatórios da OMS e UNICEF.

O Brasil avançou na imunização infantil e conseguiu sair da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas no mundo. O dado faz parte das estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que lançaram novos relatórios sobre imunização infantil em âmbito global nesta segunda-feira (15/07/2024). Enquanto a maioria dos países não alcançou as metas, o Brasil destacou-se positivamente, mesmo após enfrentar quedas consecutivas nas coberturas vacinais desde 2016.

Em 2023, o governo brasileiro anunciou o Movimento Nacional pela Vacinação, com o objetivo de retomar a confiança da população na ciência, no Sistema Único de Saúde (SUS) e nas vacinas. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou:

“Logo que assumimos a gestão, demos largada no Movimento Nacional pela Vacinação, um grande pacto para a retomada das coberturas vacinais. O Zé Gotinha viajou pelo Brasil, levando a mensagem de que vacinas salvam vidas. E hoje, com o reconhecimento do UNICEF e da OMS, confirmamos que o Brasil se destacou positivamente com a retomada das coberturas vacinais”.

O relatório da OMS/UNICEF mostra que, no Brasil, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023. O número de crianças que não receberam a DTP3 também diminuiu, passando de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023. No Brasil, a DTP é administrada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) como a Vacina Pentavalente.

A ministra da Saúde relembra que o Brasil começou a perder conquistas importantes do programa de vacinação, como a erradicação da varíola e a eliminação da circulação do vírus da poliomielite.

“Mas nós revertemos esse cenário. Em fevereiro de 2023, logo que assumimos a gestão, demos largada no Movimento Nacional pela Vacinação, um grande pacto para a retomada das coberturas vacinais. O Zé Gotinha viajou pelo Brasil, levando a mensagem de que vacinas salvam vidas. E hoje, com o reconhecimento do UNICEF e da Organização Mundial da Saúde, confirmamos que o Brasil se destacou positivamente com a retomada das coberturas vacinais”, reforça.

Os avanços brasileiros tiraram o país do ranking dos 20 países com mais crianças não imunizadas no mundo. Em 2021, o Brasil ocupava o 7º lugar nesse ranking e, em 2023, não faz mais parte da lista. No ano passado, 13 das 16 principais vacinas do calendário infantil apresentaram aumento nas coberturas vacinais em todo o Brasil, se comparadas às coberturas registradas em 2022.

Entre os destaques de crescimento estão as vacinas contra poliomielite (VIP e VOP), pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana (DTP). Nos 13 imunizantes que apresentaram recuperação, a média de alta foi de 7,1 pontos percentuais, sendo que a nacionalmente a que mais cresceu em cobertura foi o reforço da tríplice bacteriana, com 9,23 pontos, passando de 67,4% para 76,7%. A maioria dos estados apresentou melhoria na cobertura das 13 vacinas citadas.

O investimento para apoiar estados e municípios nessa estratégia também aumentou. Mais de R$ 6,5 bilhões foram investidos em 2023 na compra de imunizantes, com previsão de alcançar R$ 10,9 bilhões em 2024. De forma inédita, R$ 150 milhões foram repassados por ano aos estados e municípios para apoio às ações de imunização com foco no microplanejamento, isto é, nas ações de comunicação regionalizadas. Para 2024, o mesmo valor está sendo destinado aos estados e municípios.

As ações de microplanejamento, método recomendado pela OMS, consistem em diversas atividades focadas na realidade local, desde a definição da população-alvo, escolha das vacinas, definição de datas e locais de vacinação, até a logística. A proposta é alinhar essas estratégias com gestores e lideranças locais para alcançar melhores resultados e melhorar as coberturas vacinais.


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