Brasil reduziu fome de 14,7 milhões de pessoas em 2023, afirma relatório da ONU

Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, manifestou otimismo diante dos resultados.
Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, manifestou otimismo diante dos resultados.

Em 2023, 14,7 milhões de brasileiros deixaram de passar fome, conforme revela o Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (Sofi 2024), divulgado nesta quarta-feira (24/07/2024). A insegurança alimentar severa, que atingia 17,2 milhões de brasileiros em 2022, foi reduzida para 2,5 milhões em 2023.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, manifestou otimismo diante dos resultados, afirmando que o Brasil tem condições de deixar o Mapa da Fome até 2026.

“Digo com segurança, no caminho que estamos, é possível, dentro do governo Lula, até 2026, sair do Mapa da Fome”, declarou Dias em entrevista após a divulgação dos dados.

Esta edição do relatório foi apresentada durante as reuniões do G20 no Rio de Janeiro, marcando a primeira vez que o documento é divulgado fora de Roma ou Nova York. O evento também precedeu a apresentação da Aliança Global contra a Fome, principal iniciativa da presidência brasileira do G20 para erradicar a fome global, através da cooperação financeira e técnica entre os países.

Em 2014, o Brasil havia deixado o Mapa da Fome, mas a insegurança alimentar aumentou nos anos seguintes, fazendo o país retornar ao relatório em 2021. Desde então, o governo tem priorizado a erradicação da fome, com programas como Bolsa Família, Programa Nacional de Alimentação Escolar e Programa de Aquisição de Alimentos.

O relatório considera o período dos últimos três anos, mostrando que a insegurança alimentar severa caiu de 8,5% no triênio 2020-2022 para 6,6% no período 2021-2023. Em números absolutos, essa redução representa 4 milhões de brasileiros que saíram da insegurança alimentar severa.

A fome ainda afeta uma em cada 11 pessoas no mundo, totalizando entre 713 e 757 milhões de pessoas em 2023. A projeção para 2030 indica que 582 milhões de pessoas continuarão a enfrentar desnutrição severa, com mais da metade delas na África. O relatório destaca que o financiamento público e privado é essencial para erradicar a fome, através de parcerias público-privadas que complementem os esforços existentes.

A erradicação da fome e a promoção da segurança alimentar são parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), acordados por 193 Estados-Membros da ONU, com meta de cumprimento até 2030. A FAO enfatiza que não atingir essas metas acarretará custos sociais, econômicos e ambientais elevados. O diretor-geral da FAO, QU Dongyu, ressaltou a necessidade de aumentar o financiamento em todas as dimensões para enfrentar os desafios globais e garantir acesso a recursos para os mais vulneráveis.

O G20, presidido pelo Brasil em 2024, é composto por 19 países e a União Europeia, representando 85% do PIB global, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população mundial. Desde 2008, os países membros revezam-se na presidência do grupo.

*Com informações da Agência Brasil.


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