A decisão recente do Conselho Monetário Nacional (CMN) de estabelecer o centro da meta contínua de inflação em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, reflete a preocupação com a perda de poder de compra da população brasileira. Segundo Aurélio Troncoso, economista e coordenador do Centro de Pesquisa do Mestrado da Unialfa, a medida é uma resposta ao aumento do processo inflacionário que tem impactado significativamente o país.
“A desvalorização da nossa moeda e o crescimento da inflação estão diminuindo o poder de compra dos consumidores, o que motivou o Banco Central e o governo a adotarem um novo modelo de avaliação da meta inflacionária”, explicou Troncoso.
Luigi Mauri, economista, destaca que a decisão de tornar a meta contínua traz maior previsibilidade para o cenário econômico, evitando revisões frequentes que poderiam afetar a confiança dos agentes econômicos.
“A partir de 2025, a meta fixa de 3% será mantida sem necessidade de revisões anuais. Qualquer alteração futura precisará ser anunciada com 36 meses de antecedência, o que proporciona estabilidade e planejamento”, afirmou Mauri.
Adhemar Mineiro, membro da Associação Brasileira de Economistas pela Democracia-RJ, ressalta que a variação do dólar pode influenciar os preços dos produtos importados, impactando indiretamente na inflação brasileira.
“O aumento rápido do dólar pode resultar em produtos importados mais caros, o que é uma preocupação, mas estamos monitorando para ver se esses impactos se concretizam”, observou Mineiro.
Com a implementação da meta contínua, o CMN elimina a necessidade de definir uma nova meta de inflação anualmente. Mudanças futuras serão anunciadas com antecedência, garantindo estabilidade e previsibilidade ao mercado econômico.
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