Um estudo conduzido pela fundação holandesa IDH, em parceria com o instituto de pesquisa WRI Brasil, revelou que há um potencial de recuperação para pelo menos meio milhão de hectares de caatinga. A pesquisa, divulgada nesta terça-feira (23/07/2024), em São Paulo, identificou áreas com oportunidades de restauração localizadas no Cariri Ocidental, na Paraíba; no Sertão do Pajeú, em Pernambuco; e no Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte.
O estudo aponta que a restauração da vegetação nativa pode gerar oportunidades econômicas sustentáveis, oferecendo renda e empregos para as comunidades locais. Além dos benefícios econômicos, a recuperação da caatinga também promoverá a regulação hídrica, a estabilização do solo e o controle da erosão.
Luciana Alves, coordenadora de projetos do WRI Brasil e uma das autoras do estudo, enfatizou a importância da conservação e restauração da caatinga para a resiliência climática, segurança hídrica e sobrevivência das comunidades que habitam o bioma.
O levantamento recomenda diferentes arranjos de restauração para as áreas analisadas, incluindo o Sistema AgroFlorestal (SAF) forrageiro, que utiliza a palma forrageira (Opuntia fícus-indica) como espécie principal; o SAF Melífero, voltado para a apicultura e meliponicultura; o SAF Frutífero, que combina árvores com espécies frutíferas e forrageiras; a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) para caprinocultura; a Regeneração Natural Assistida (RNA); a Restauração Ativa, com plantio de mudas e sementes; e a Restauração Hidroambiental, que visa reverter a degradação e restaurar solo e vegetação.
A coordenadora também destacou que a restauração da caatinga pode se beneficiar de recursos internacionais e privados, devido à sua relevância para a agenda climática global. A caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, abrangendo cerca de 850 mil quilômetros quadrados e abrigando aproximadamente 27 milhões de pessoas.
Em junho deste ano, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou a seleção de 12 projetos prioritários para a criação de unidades de conservação federais no bioma, com a meta de aumentar em mais de um milhão de hectares as áreas protegidas até 2026.
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




