Presidente Joe Biden confunde Zelensky com Putin e Kamala Harris com Trump em encerramento da Cúpula da Otan

O presidente dos EUA, Joe Biden, encerra a cúpula da Otan em meio a polêmicas sobre sua saúde e confusões em declarações.
O presidente dos EUA, Joe Biden, encerra a cúpula da Otan em meio a polêmicas sobre sua saúde e confusões em declarações.

A cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), realizada para celebrar os 75 anos da aliança, foi marcada por uma série de eventos significativos e pela crise de credibilidade que afeta a candidatura do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Durante a cúpula, Biden anunciou um pacote de US$ 225 milhões, correspondente a R$ 1,225 bilhão, destinado ao fortalecimento da defesa aérea da Ucrânia, incluindo o envio de mísseis Patriot. No entanto, o foco das atenções recaiu sobre as preocupações em relação ao estado de saúde do presidente, que se encontra em plena campanha para a reeleição.

A coletiva de imprensa de Biden, ocorrida ao final da cúpula e a primeira em oito meses, gerou grande expectativa. O presidente respondeu a questionamentos de jornalistas sobre pedidos de figuras influentes, como a congressista Nancy Pelosi, para que ele renunciasse à candidatura. Biden rejeitou essa possibilidade, afirmando que “precisa terminar o trabalho” iniciado em 2020.

Durante a coletiva, Biden demonstrou capacidade de articular respostas complexas, mas cometeu erros significativos. Ao discutir as qualidades da vice-presidente Kamala Harris para potencial substituição, confundiu seu nome com o de seu adversário, mencionando: “Veja bem, eu não teria escolhido o vice-presidente Trump para ser vice-presidente se achasse que ele não está qualificado para ser presidente”.

Horas antes, Biden também trocou o nome do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pelo de Vladimir Putin ao convocar o líder ucraniano ao púlpito da cúpula. O erro foi rapidamente corrigido pelo presidente, e Zelensky reagiu à situação com um sorriso, enquanto a imprensa expressou preocupação com a situação.

A Otan anunciou que a Ucrânia caminha de forma “irreversível” para se tornar membro da aliança, processo que terá início após a conclusão da guerra contra a Rússia, conforme declarado pelo secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. Além disso, a aliança se comprometeu a investir pelo menos US$ 43 bilhões em ajuda militar à Ucrânia no próximo ano.

Os Estados Unidos, Dinamarca e Holanda confirmaram o envio do primeiro lote de caças F-16 para a Ucrânia, e a Polônia ofereceu apoio no treinamento militar de ucranianos residentes no país antes de seu retorno a Kiev. A aliança também anunciou a criação de um novo centro de comando na Alemanha, destinado a coordenar o treinamento militar e a logística do envio de armamentos à Ucrânia.

Em relação à Rússia, a Otan reiterou que não representa uma ameaça e se comprometeu a manter canais de comunicação com Moscou. Biden expressou sua abertura ao diálogo com o presidente russo, Vladimir Putin.

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, alertou sobre a aproximação entre o Kremlin e a Coreia do Norte, destacando que essa relação é um “lembrete nítido” da interconexão entre segurança europeia e segurança no Indo-Pacífico.

*Com informações da RFI.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.