Na última terça-feira (03/07/2024), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, juntamente com o CEO do Americas Trading Group (ATG), Claudio Pracownik, anunciou que a cidade voltará a ter uma Bolsa de Valores. O anúncio foi feito na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro, onde Paes sancionou a lei municipal que incentiva a instalação da nova instituição, prevista para iniciar suas operações no segundo semestre de 2025.
A iniciativa é parte de um esforço conjunto do governo municipal para revitalizar a economia do Rio de Janeiro e atrair novos investidores. Durante a cerimônia, Eduardo Paes destacou a importância econômica da cidade, mencionando empresas como Vale e Globo, e reforçou a necessidade de fortalecer o setor produtivo local.
“A volta da Bolsa de Valores é a ponta do iceberg. É o esforço do governador, prefeito, atores políticos. O setor privado percebeu que tem uma concorrência a ser feita com São Paulo”, afirmou Paes.
O Projeto de Lei 3276/2024, de autoria da prefeitura, foi aprovado pela Câmara de Vereadores com 37 votos a favor e 5 contra no dia 25 de junho. A nova legislação reduz para 2% o Imposto sobre Serviços de qualquer natureza (ISS) que incide sobre as atividades desempenhadas por Bolsas de Valores, Mercadorias e Futuros, bem como sobre as atividades de negociação, liquidação e custódia de ativos financeiros. A última vez que o Rio de Janeiro teve uma Bolsa de Valores foi há mais de 20 anos, com o encerramento das atividades da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ).
O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões, comemorou a iniciativa como um símbolo de retomada econômica para a cidade. Ele ressaltou a importância do mercado financeiro para a economia carioca, mencionando que o setor é o quarto maior pagador de ISS, responsável por mais de R$ 1,5 bilhão em arrecadação. Bulhões destacou que o setor emprega cerca de 70 mil pessoas e que a nova Bolsa de Valores poderá atrair ainda mais investidores.
Claudio Pracownik, CEO do ATG, enfatizou que a criação de uma segunda Bolsa de Valores no Brasil, além da existente em São Paulo, demonstra a maturidade do mercado de capitais do país. Segundo Pracownik, a concorrência no setor traz eficiência, redução de riscos e pavimenta a criação de novos produtos financeiros. Ele também apontou que a sede administrativa da nova bolsa será no Rio de Janeiro, o que beneficiará a região como um todo.
Dados da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento revelam que o setor financeiro, no triênio 2021-2023, foi responsável por 9,1% da arrecadação total de ISS no Rio de Janeiro, com R$ 1,5 bilhão em impostos pagos. O setor também gerou 2,7 mil novos empregos no mesmo período, empregando atualmente 68,5 mil trabalhadores, com salários médios de R$ 9,5 mil por mês, valor significativamente superior à média nacional de R$ 3,8 mil por mês.
A prefeitura destacou ainda que o Rio de Janeiro abriga mais de quatro mil fundos de investimento, representando 17,6% do total nacional. O patrimônio gerido no Rio soma R$ 2,2 trilhões, equivalendo a 34% dos valores investidos no país. A cidade também concentra 22,6% dos cotistas de fundos de investimento, com 1,1 milhão de investidores, e 20,4% das gestoras de fundos (assets) do Brasil.
*Com informações da Agência Brasil.
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