STF mantém prisão de cinco investigados na Operação Última Milha

Investigados são acusados de uso irregular da Abin para favorecimento e espionagem.
Investigados são acusados de uso irregular da Abin para favorecimento e espionagem.

O Supremo Tribunal Federal (STF) deliberou pela manutenção da prisão de cinco indivíduos envolvidos na quarta fase da Operação Última Milha, realizada em 11 de julho de 2024. Esta fase da operação investiga o uso irregular da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em ações que visam favorecer filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro e monitorar ilegalmente ministros do STF e opositores políticos.

Os indivíduos que permanecerão detidos incluem Mateus de Carvalho Sposito, ex-funcionário da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o empresário Richards Dyer Pozzer, o influencer digital Rogério Beraldo de Almeida, Marcelo Araújo Bormevet, policial federal, e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército. As prisões foram mantidas após uma audiência de custódia conduzida por um juiz do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, embora a justificativa para essa decisão ainda não tenha sido divulgada.

De acordo com a investigação da Polícia Federal (PF), os acusados participaram de atividades de monitoramento ilegal, supostamente com a anuência do ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). A PF alega que o programa First Mile foi utilizado para espionagem contra autoridades dos Poderes Judiciário e Legislativo, além de auditores da Receita Federal e jornalistas.

As defesas dos cinco acusados não foram localizadas pela Agência Brasil. Alexandre Ramagem negou qualquer ilegalidade durante sua gestão na Abin, afirmando que não houve monitoramento irregular de autoridades. Segundo ele, os nomes mencionados na investigação foram referidos em conversas informais, sem respaldo em documentos oficiais.

Ramagem também refutou favorecimento ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), alegando que as ações clandestinas de monitoramento não afetaram a investigação sobre “rachadinha” que envolveu o senador. Flávio Bolsonaro, por sua vez, declarou que a divulgação do relatório da PF visou prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro.

O ex-presidente Jair Bolsonaro não comentou sobre o assunto.

*Com informações da Agência Brasil.


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