No cenário político britânico, as eleições legislativas de quinta-feira (04/07/2024) não apenas redefiniram o equilíbrio de poder, mas também catapultaram Keir Starmer, líder trabalhista de 61 anos, à posição de novo chefe de governo do Reino Unido. Com a conquista de ao menos 412 cadeiras na Câmara dos Comuns, os trabalhistas alcançaram uma maioria incontestável no Parlamento, superando amplamente os 326 assentos necessários.
A confirmação da vitória histórica dos trabalhistas chegou nas primeiras horas da sexta-feira (5), hora local, quando a apuração dos votos revelou que o partido progressista havia ultrapassado a marca crucial de 326 cadeiras, sinalizando uma mudança significativa na política britânica após mais de uma década de domínio conservador.
Os conservadores, por sua vez, enfrentaram uma derrota contundente, perdendo um total de 250 assentos parlamentares. Entre os derrotados nas urnas estão 12 ministros do gabinete, incluindo figuras proeminentes como a ex-primeira ministra Liz Truss. Redutos eleitorais tradicionalmente conservadores, como a região universitária de Oxford, registraram o pior desempenho do partido em um século.
Em contrapartida, os liberais-democratas comemoraram um aumento significativo, saltando de oito para 71 cadeiras, ao atrair eleitores descontentes da direita conservadora. O Partido Verde também viu um crescimento modesto, passando de uma para quatro cadeiras, consolidando sua presença em distritos onde sua plataforma ambientalista encontrou respaldo.
A pesquisa de boca de urna inicialmente previu 13 cadeiras para o partido Reform, liderado por Nigel Farage, mas o resultado final mostrou apenas quatro cadeiras conquistadas. Enquanto isso, o partido verde obteve vitórias em todos os distritos onde focou sua campanha, aumentando sua representação no Parlamento.
Keir Starmer assume o cargo de primeiro-ministro sem ter obtido a maioria absoluta dos votos totais, devido ao sistema distrital de votação do Reino Unido, onde ele obteve 35% do apoio eleitoral. O comparecimento às urnas foi de 60% dos eleitores aptos, refletindo uma taxa de participação mais baixa do que o habitual, indicando possível desinteresse ou desencanto dos britânicos com a política atual.
No Reino Unido, não há um período de transição formal entre governos. O processo de mudança já está em curso, com Rishi Sunak, figura proeminente dos conservadores, preparando-se para a transição na residência oficial do primeiro-ministro em Downing Street.
*Com informações da RFI.
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.
