Em julho de 2024, o calor extremo afetou centenas de milhões de pessoas globalmente, marcando o dia 22 como o mais quente já registrado na história, conforme relatado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). O aumento acentuado das temperaturas é um reflexo do impacto das emissões de gases de efeito estufa, originadas por atividades humanas, no clima global.
Álvaro Silva, climatologista da OMM, alertou sobre a necessidade urgente de aceleração na redução das emissões. Segundo ele, as políticas atuais podem levar a um aumento de 2,5°C a 2,9°C na temperatura média global até o final do século, o que ultrapassa as metas do Acordo de Paris de 2015 e resultaria em impactos significativos.
A OMM revelou que, de junho de 2023 a junho de 2024, as temperaturas médias globais estabeleceram novos recordes mensais. Julho de 2024 foi registrado como o segundo mês mais quente globalmente e o segundo julho mais quente nos dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia.
A OMM ressaltou a urgência do Apelo à Ação sobre o Calor Extremo do secretário-geral da ONU, António Guterres, que destacou o aumento da perigosidade e da temperatura global. Celeste Saulo, secretária-geral da OMM, enfatizou que ondas de calor intensas e prolongadas afetaram todos os continentes, com pelo menos 10 países registrando temperaturas superiores a 50°C em vários locais.
A agência também observou anomalias significativas de temperatura na Antártida, com áreas apresentando desvios de mais de 10°C acima da média. Estas anomalias, juntamente com uma extensão do gelo marinho da Antártida em junho de 2024 que foi a segunda mais baixa já registrada, refletem padrões climáticos incomuns.
*Com informações da ONU News.
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