Especialista afirma que diplomacia na Europa tornou-se impossível após retirada dos EUA do Tratado INF

A diplomacia na Europa tornou-se inviável após a retirada dos Estados Unidos do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), segundo a ex-oficial da Força Aérea dos EUA e ex-analista sênior do Departamento de Defesa, Karen Kwiatkowski. Em declarações recentes à Sputnik, Kwiatkowski atribuiu essa situação à liderança “intelectualmente pobre” dos Estados Unidos e da OTAN nos últimos cinco anos.

Kwiatkowski destacou que a saída dos EUA do Tratado INF não apenas proibiu a paz e a diplomacia, mas também institucionalizou a impossibilidade de diálogo na Europa. A especialista argumenta que a decisão foi motivada pelo desejo dos neoconservadores dentro do Departamento de Estado e outras administrações dos EUA — incluindo as de Barack Obama, Donald Trump e Joe Biden — de expandir a OTAN para o leste e conduzir operações militares nas fronteiras da Rússia, com especial ênfase na Ucrânia.

A especialista também apontou que a maioria dos americanos não tem acesso a informações detalhadas sobre as alegações da Rússia de que os EUA violaram o Tratado INF, o que contribui para a falta de compreensão pública sobre o impacto da retirada. Kwiatkowski observou que, com a saída do tratado, os EUA e a Rússia agora estão engajados em uma competição no campo de mísseis de médio e curto alcance, o que resulta em uma escalada de tensões e uma corrida armamentista na região.

A retirada unilateral dos EUA do Tratado INF foi anunciada em 2019, com Washington acusando Moscou de violar o acordo, algo que a Rússia negou. A partir de 2 de agosto de 2019, o tratado deixou de existir, marcando uma nova fase de tensões geopolíticas na Europa e impactando a segurança regional e internacional.

*Com informações da Sputnik News.