O enterro do líder político do Hamas, Ismaïl Haniyeh, realizado nesta sexta-feira (02/08/2024) em Doha, no Catar, foi marcado pela convocação de um “dia de fúria” pelo movimento islâmico palestino. Haniyeh foi morto na última quarta-feira (31) em um ataque aéreo no Irã, atribuído a Israel. O funeral, que ocorreu na quinta-feira (1º) em Teerã, atraiu milhares de pessoas e foi marcado por apelos à vingança, culminando em uma cerimônia de oração na maior mesquita de Doha, a mesquita do imã Mohammad ben Abdel Wahhab, onde o corpo de Haniyeh chegou na manhã de sexta-feira.
O Hamas, em resposta ao assassinato, pediu que “protestos ferozes” se espalhassem por todas as mesquitas após a grande oração de sexta-feira, direcionando a raiva de seus apoiadores contra Israel. O líder do Hamas será enterrado em Lusail, no norte da capital do Catar, em um cemitério onde é esperada a participação de líderes árabes e islâmicos.
O assassinato de Haniyeh gerou reações imediatas no Oriente Médio. O Irã, aliado do Hamas, bem como o Hezbollah libanês, acusaram Israel pelo ataque. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, ameaçou Israel com uma “resposta inevitável” e, poucas horas depois, o grupo lançou dezenas de foguetes contra o norte de Israel, intensificando os confrontos que têm ocorrido ao longo da fronteira entre Israel e Líbano desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.
O assassinato também provocou preocupações internacionais. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou “grande preocupação” com o aumento das tensões no Oriente Médio, afirmando que o incidente “não ajudou” na busca por uma solução pacífica. Em uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Biden reafirmou o compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Israel contra ameaças do Irã e de grupos aliados, como o Hamas e o Hezbollah.
Em Teerã, o funeral de Ismaïl Haniyeh foi acompanhado por milhares de pessoas, que carregavam retratos do líder político e gritavam palavras de ordem contra Israel. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, recitou a oração pelos mortos diante dos caixões de Haniyeh e de seu guarda-costas, cobertos com bandeiras palestinas, e ameaçou Israel com “castigos severos”.
*Com informações da RFI.
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