ONS recomenda acionamento de térmicas e redução de uso de hidrelétricas no Norte do Brasil devido à falta de chuvas

Operador Nacional do Sistema Elétrico recomenda o uso de termelétricas e a redução da geração hidrelétrica para garantir o abastecimento energético.
Operador Nacional do Sistema Elétrico recomenda o uso de termelétricas e a redução da geração hidrelétrica para garantir o abastecimento energético.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) emitiu recomendações para o uso de termelétricas a gás natural e a redução do uso das usinas hidrelétricas no Norte do Brasil, como resposta à queda na disponibilidade de recursos hídricos na região. Essas medidas visam garantir a continuidade do abastecimento energético, principalmente durante os horários de pico de consumo.

O ONS observou que o volume de água disponível para as usinas hidrelétricas está abaixo da média histórica, o que afeta a capacidade de geração de energia elétrica. De acordo com o órgão, a situação exige ações operativas adicionais para os meses de outubro e novembro, quando a demanda por energia tende a aumentar.

Apesar das medidas recomendadas, o ONS afirma que o Sistema Interligado Nacional (SIN) possui recursos suficientes para atender à demanda atual. O nível de Energia de Armazenamento (EAR) dos reservatórios do Subsistema Norte está em 80,96%, ligeiramente abaixo dos 85,6% registrados no mesmo período do ano anterior.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) havia estabelecido bandeira tarifária verde para agosto, refletindo condições favoráveis para a geração de energia elétrica. O volume de chuvas na Região Sul contribuiu para essa decisão.

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro, destacou a preocupação com a queda na produção de energia solar ao final do dia. A energia solar, que para ao escurecer, é normalmente compensada por usinas hidrelétricas, mas a seca atual dificulta essa compensação.

Castro alertou que a crescente expansão das usinas solares pode transformar um problema conjuntural em um problema estrutural se a capacidade de armazenamento das hidrelétricas não acompanhar o aumento da geração solar. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil alcançou 39 gigawatts de potência instalada em energia fotovoltaica neste ano, com um aumento de 4.070,9 MW apenas em 2023.

*Com informações da Agência Brasil.


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