Na reunião do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados realizada nesta quarta-feira (28/08/2024), o deputado Paulo Magalhães (PSD/BA) leu o relatório preliminar que recomenda a continuidade das investigações sobre o deputado Glauber Braga (PSOL/RJ). O documento sugere a abertura de um processo contra Braga por quebra de decoro parlamentar. A votação sobre o relatório foi adiada devido a um pedido de vista, que suspendeu a análise do texto para uma data futura.
Glauber Braga, que esperava a recomendação de arquivamento do processo, reagiu com veemência à decisão. Ele acusou o presidente da Câmara, Arthur Lira, de orquestrar um esforço para cassar seu mandato. Braga mencionou que o relator Magalhães havia indicado anteriormente que não prosseguiria com o relatório, sugerindo uma mudança de posição que, segundo ele, está ligada a uma suposta articulação política.
“O senhor montou esse relatório a partir de uma articulação direta do presidente da Câmara, do senhor Arthur Lira. E fizeram uma armação política para que o relatório com abertura do procedimento fosse realizado no mesmo dia da votação que não pode dar salvamento à família Brazão”, declarou Braga.
O deputado também acusou Magalhães de ter mudado de opinião e afirmou que o novo parecer foi marcado para coincidir com o julgamento do deputado Chiquinho Brazão (Sem partido/RJ), que está sendo investigado por seu suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. O relatório que recomenda a cassação de Brazão foi aprovado na mesma sessão, mas ainda precisa ser aprovado pelo plenário da Câmara.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, repudiou as acusações de Braga. Em nota, Lira afirmou que ataques pessoais e ofensas são incompatíveis com a conduta esperada de um membro da Câmara.
“Merecem pronta repulsa episódios como o ocorrido hoje, por parte de parlamentar que já responde a outro processo perante o Conselho de Ética”, destacou o presidente.
A sessão também foi marcada por um confronto verbal entre Glauber Braga e o presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior (União/BA). Lomanto Júnior ameaçou cortar o microfone de Braga devido ao comportamento do deputado, que continuou a fazer acusações contra a condução do processo. Braga afirmou que usará o processo no Conselho de Ética para denunciar o que considera ser um complô contra ele e convocará todas as testemunhas que julgar necessárias.
O relator Paulo Magalhães respondeu às acusações, negando ter alterado sua posição e refutando qualquer conluio com Arthur Lira.
“Deputado, a sua defesa lhe incrimina. E não faço conluio com ninguém. Minha relação com o presidente Arthur é discreta”, afirmou Magalhães.
*Com informações da Agência Brasil.
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