Secretário estadunidense Antony Blinken define momento decisivo para cessar-fogo em Gaza

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, destaca a importância das negociações em curso para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, em encontros com líderes israelense.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, destaca a importância das negociações em curso para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, em encontros com líderes israelense.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, iniciou nesta segunda-feira (19/08/2024), uma série de reuniões com líderes israelenses para tentar avançar nas negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Em declarações feitas em Tel Aviv, Blinken destacou que o momento atual é crucial para alcançar um acordo de trégua após mais de dez meses de conflito entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas.

Durante a coletiva de imprensa, Blinken solicitou a Israel e ao Hamas que não prejudicassem as negociações, enfatizando que este é um dos momentos mais críticos para resolver o impasse. O secretário de Estado fez um apelo para que ambas as partes se abstenham de ações que possam complicar o processo de cessar-fogo, que está sendo mediado pelos Estados Unidos, Egito e Catar.

Blinken, que chegou a Israel no domingo, 18 de agosto, deverá se encontrar também com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ao longo do dia. Esta é a mais recente visita do chefe da diplomacia americana à região desde o início do conflito na Faixa de Gaza, que começou em resposta ao ataque do Hamas em solo israelense no dia 7 de outubro de 2023.

Após a visita a Israel, Blinken viajará para o Cairo, onde os mediadores deverão retomar as discussões nesta semana. O objetivo é evitar uma escalada do conflito e garantir que o processo de negociação não seja comprometido por ações adicionais que possam intensificar a violência ou expandir o conflito para outras regiões.

O presidente israelense, Isaac Herzog, declarou que os israelenses desejam o retorno imediato dos reféns sequestrados pelo Hamas durante o ataque de outubro. A oposição israelense, liderada por Yair Lapid, criticou o governo de Netanyahu, instando-o a aproveitar a oportunidade para garantir a liberação dos reféns.

Na véspera, Netanyahu havia apelado para que a pressão fosse direcionada ao Hamas e não ao governo israelense. O primeiro-ministro israelense criticou a postura do Hamas, que segundo ele, se recusa a finalizar um acordo apesar dos esforços dos mediadores.

O Hamas, por sua vez, acusou Netanyahu de ser responsável por obstruir o acordo e afirmou que o governo israelense não está cumprindo com as condições necessárias para um cessar-fogo. Em resposta, o presidente dos EUA, Joe Biden, reiterou que uma trégua ainda é possível e assegurou que os esforços dos Estados Unidos continuam.

Os Estados Unidos, que recentemente aprovaram uma venda de armas no valor de 20 bilhões de dólares a Israel, apresentaram uma nova proposta durante as negociações em Doha. No entanto, o Hamas rejeitou a proposta, alegando que ela atendia apenas às condições estabelecidas por Netanyahu e não garantia um cessar-fogo permanente.

A proposta de trégua dos Estados Unidos prevê uma primeira fase de seis semanas com retirada parcial das tropas israelenses e libertação dos reféns. A segunda fase contemplaria uma retirada total das tropas de Gaza. Netanyahu tem reiterado sua intenção de continuar o conflito até a destruição total do Hamas.


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