Taxa de desocupação na Bahia alcança 11,1% no segundo trimestre de 2024, diz IBGE

A taxa de desocupação na Bahia registrou 11,1% no segundo trimestre de 2024, o menor índice em uma década, embora ainda seja a segunda mais alta do país.
A taxa de desocupação na Bahia registrou 11,1% no segundo trimestre de 2024, o menor índice em uma década, embora ainda seja a segunda mais alta do país.

No segundo trimestre de 2024, a taxa de desocupação na Bahia atingiu 11,1%, marcando uma queda significativa em relação ao trimestre anterior, quando estava em 14,0%. Este índice representa a menor taxa para um segundo trimestre em dez anos, desde 2014, quando o valor foi de 10,2%. Apesar dessa melhora, a Bahia ainda possui a segunda maior taxa de desocupação entre os estados brasileiros, superada apenas por Pernambuco, que registrou 11,5%.

A queda na taxa de desocupação no estado reflete um aumento no número de pessoas trabalhando e uma diminuição no número de desocupados. No segundo trimestre de 2024, a população ocupada na Bahia totalizou 6,159 milhões de pessoas, um aumento de 2,0% em relação ao trimestre anterior e de 2,1% em comparação ao mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, o número de desocupados caiu para 769 mil pessoas, uma redução de 22,0% em relação ao primeiro trimestre e de 17,4% em relação ao segundo trimestre de 2023.

Na cidade de Salvador, a situação é mais crítica. A capital baiana registrou uma taxa de desocupação de 15,0% no segundo trimestre de 2024, a maior entre as capitais brasileiras pelo quarto trimestre consecutivo. Apesar de uma leve queda em relação ao trimestre anterior, quando a taxa era de 16,2%, e ao segundo trimestre de 2023, quando foi de 16,0%, Salvador continua a enfrentar desafios significativos no mercado de trabalho. A Região Metropolitana de Salvador (RMS) apresentou o mesmo índice de 15,0%, também liderando entre as regiões metropolitanas do país.

A taxa de desocupação é um indicador que mede a proporção de pessoas desocupadas, ou seja, que não estão trabalhando, mas estão procurando emprego, em relação ao total de pessoas na força de trabalho. Na Bahia, apesar da queda na taxa de desocupação, a população fora da força de trabalho, ou seja, aqueles que não estão trabalhando nem procurando emprego, aumentou. No segundo trimestre de 2024, essa população alcançou 5,314 milhões de pessoas, um crescimento de 2,4% em relação ao trimestre anterior.

O grupo dos desalentados, que são aqueles que desistiram de procurar emprego por falta de perspectiva, também diminuiu na Bahia em relação ao primeiro trimestre de 2024, mas ainda permanece alto, com 525 mil pessoas. A Bahia continua a ter o maior número absoluto de desalentados do país, um posto que mantém desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2012.

A dinâmica do mercado de trabalho na Bahia no segundo trimestre de 2024 também foi marcada por variações nas formas de inserção no mercado. O aumento da população ocupada foi puxado principalmente pelo crescimento do emprego formal no setor privado, com carteira assinada. O número de empregados com carteira assinada aumentou 5,1%, enquanto o número de trabalhadores por conta própria, especialmente aqueles sem Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), diminuiu.

O setor informal, que representa uma parte significativa do mercado de trabalho na Bahia, também sofreu variações. A taxa de informalidade caiu para 49,4%, a primeira vez que fica abaixo de 50,0% desde o segundo trimestre de 2020. Mesmo assim, mais de 3 milhões de pessoas ainda trabalham em condições informais no estado.

Em termos de atividades econômicas, o setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi o que mais cresceu em termos absolutos no segundo trimestre de 2024, seguido pelo setor da construção. Por outro lado, a indústria geral e o comércio tiveram as maiores reduções no número de trabalhadores.

No que diz respeito ao rendimento médio dos trabalhadores, o estado da Bahia registrou um aumento de 3,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024, com o rendimento médio mensal alcançando R$ 2.206. Na Região Metropolitana de Salvador, o rendimento também aumentou, mas na capital, Salvador, houve uma ligeira queda de 1,3% em relação ao trimestre anterior. O rendimento médio dos trabalhadores em Salvador é o quinto menor entre as capitais brasileiras.

A massa de rendimento real habitual na Bahia, que representa o volume total de dinheiro em circulação proveniente dos rendimentos do trabalho, cresceu 6,0% em relação ao primeiro trimestre de 2024, atingindo R$ 13,329 bilhões. Este crescimento reflete um aumento no poder de compra da população ocupada, apesar dos desafios persistentes no mercado de trabalho.


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