O governo federal anunciou a liberação de novos recursos para o combate às queimadas e a aquisição de equipamentos destinados aos estados que enfrentam uma das maiores secas das últimas décadas. A decisão foi confirmada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, após reunião com governadores das Regiões Centro-Oeste e Norte, ocorrida no Palácio do Planalto, na quinta-feira (19/09/2024). O encontro, convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve como objetivo ampliar as medidas de combate ao fogo em diversas regiões do país.
Rui Costa informou que, além dos R$ 514 milhões já liberados em créditos extraordinários, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizará uma linha de crédito específica para a compra de viaturas e equipamentos para os bombeiros. Os estados também terão novos recursos à medida que apresentarem suas demandas específicas. O ministro ressaltou que o processo de avaliação e liberação dos pedidos ocorrerá de forma ágil, com o objetivo de atender rapidamente às necessidades mais urgentes.
Estiveram presentes na reunião governadores como Hélder Barbalho (Pará), Mauro Mendes (Mato Grosso), Ronaldo Caiado (Goiás), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), entre outros. Também participaram vice-governadores, além de ministros do governo federal, como Marina Silva (Meio Ambiente) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública). O presidente Lula cumpria agenda no Maranhão durante o encontro.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, criticou a resposta tardia do governo federal à crise das queimadas, afirmando que os recursos estão sendo liberados somente no final do período de seca, quando as chuvas já estão previstas. Caiado também mencionou que os prejuízos econômicos no estado superaram R$ 1,5 bilhão, e que Goiás recebeu apenas R$ 13 milhões do montante anunciado.
Mauro Mendes, governador de Mato Grosso, agradeceu a liberação de novos recursos, mas destacou que seus efeitos serão mais visíveis no próximo ano. Ele mencionou a complexidade dos processos de compra de veículos e equipamentos, que demandam tempo, mesmo em situações de emergência. Segundo Mendes, é pouco provável que o impacto dos novos recursos seja sentido durante a seca atual.
Em resposta às críticas, Rui Costa afirmou que o governo federal já vinha se reunindo com os estados há três meses para discutir o enfrentamento às queimadas, e que os créditos mais recentes são uma continuidade de ações previamente planejadas. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, acrescentou que mais de 3 mil brigadistas estão atuando no combate ao fogo em diversos biomas, com a contratação de novos profissionais viabilizada por uma decisão do Supremo Tribunal Federal.
*Com informações da Agência Brasil.
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