Incêndios persistem na Amazônia e outras regiões do Brasil em meio à pior seca da história

A seca, causada por fatores como o fenômeno El Niño e bloqueios atmosféricos, atinge quase todo o território nacional.
A seca, causada por fatores como o fenômeno El Niño e bloqueios atmosféricos, atinge quase todo o território nacional.

A Amazônia continua a enfrentar uma crise ambiental severa, com a persistência de incêndios em diversas regiões. De acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), divulgados pela Agência Brasil, a situação é crítica em pelo menos 37 municípios da região amazônica, especialmente em São Félix do Xingu e Altamira, no Pará, que lideram o país em número de focos de incêndio. Somente em São Félix do Xingu, foram registrados mais de 1,4 mil focos de incêndio, enquanto Altamira contabilizou mais de 1,1 mil. Diante desse cenário, o Pará declarou estado de emergência no dia 27 de agosto, proibindo o uso do fogo para manejo e limpeza de áreas.

A crise das queimadas não se restringe à Amazônia. No Pantanal, as autoridades de Mato Grosso estão em combate constante a 36 incêndios, que incluem áreas indígenas como Capoto Jarinã, em Peixoto de Azevedo, e a Aldeia Utiariti, em Campo Novo dos Parecis. A situação também é grave no Cerrado, onde nove municípios, incluindo Lagoa da Confusão, no Tocantins, registraram mais de 100 focos de incêndio em uma semana.

Além das regiões Norte e Centro-Oeste, o Sudeste também enfrenta desafios. No estado de São Paulo, os incêndios se alastram na região norte e avançam em direção ao oeste de Minas Gerais. Na região metropolitana de São Paulo, em Osasco, um incêndio destruiu ao menos 20 barracos de uma comunidade.

O agravamento dos incêndios ocorre em um momento em que o Brasil enfrenta a pior seca já registrada em sua história, conforme dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). O órgão, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, destacou que, pela primeira vez, a seca afeta quase a totalidade do território nacional, exceto a região sul do país. Especialistas atribuem a gravidade da seca à combinação de fatores climáticos, como o fenômeno El Niño, que alterou o padrão de chuvas no país, e bloqueios atmosféricos que impediram o avanço de frentes frias.

A série histórica medida pelo Cemaden, que remonta a 1950, revela que o fenômeno da seca no Brasil tem se intensificado desde 1988, com a pior seca registrada anteriormente em 2015. A situação atual, contudo, superou todos os registros anteriores, impondo desafios significativos para as autoridades e a população.

*Com informações da Sputnik News.


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