A projeção para o crescimento da economia brasileira em 2024 foi ajustada de 2,46% para 2,68%, conforme divulgado no Boletim Focus do Banco Central. A revisão para cima segue a divulgação do PIB do segundo trimestre, que mostrou um crescimento de 1,4% em relação ao primeiro trimestre deste ano e 3,3% em relação ao segundo trimestre de 2023. Para os anos subsequentes, a expectativa para o PIB é de 1,9% para 2025 e de 2% para 2026 e 2027.
O desempenho de 2023 também superou as expectativas, com um crescimento de 2,9% e um PIB total de R$ 10,9 trilhões, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação, o crescimento em 2022 foi de 3%. A projeção para a cotação do dólar é de R$ 5,35 para o final de 2024 e R$ 5,30 para o fim de 2025.
Quanto à inflação, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 foi ajustada de 4,26% para 4,3%, acima da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2025, a previsão de inflação é de 3,92%, e para 2026 e 2027, 3,6% e 3,5%, respectivamente. Em julho, a inflação foi de 0,38%, um aumento em relação aos 0,21% registrados em junho. O IPCA acumulado em 12 meses atingiu 4,5%, no limite superior da meta de inflação.
A principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação é a taxa Selic, atualmente definida em 10,5% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic inalterada na última reunião de julho, após um ciclo de sete reduções iniciado em agosto de 2023 e concluído em maio de 2024. Entre março de 2021 e agosto de 2022, a Selic foi aumentada em 12 ocasiões consecutivas para combater a alta nos preços. A taxa foi reduzida para 2% ao ano em março de 2021, o menor nível histórico, como resposta à pandemia de covid-19. A próxima reunião do Copom está agendada para 17 e 18 de setembro de 2024.
O mercado financeiro prevê que a Selic suba novamente para 11,25% ao ano até o final de 2024, com uma redução esperada para 10,25% ao ano em 2025. As previsões para 2026 e 2027 indicam uma Selic de 9,5% e 9%, respectivamente. A alteração na taxa Selic tem impactos diretos sobre o custo do crédito, a poupança e, por conseguinte, sobre o crescimento econômico. A decisão do Copom também é influenciada por fatores como risco de inadimplência e despesas administrativas dos bancos.
*Com informações da Agência Brasil.
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