Novas tecnologias oferecem esperança para ação climática, afirma OMM

Relatório da OMM destaca a importância de novas tecnologias e colaboração global para enfrentar as mudanças climáticas.
Relatório da OMM destaca a importância de novas tecnologias e colaboração global para enfrentar as mudanças climáticas.

Em um momento em que grandes incêndios florestais afetam o Brasil, Portugal, e diversas regiões da América Latina e Europa, e as concentrações de gases de efeito estufa atingem níveis recordes, o relatório “Unidos na Ciência”, divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta quarta-feira (18/09/2024), alerta para o aquecimento global iminente. O estudo aponta que, se as políticas climáticas atuais forem mantidas, existe uma probabilidade de 66% de que a temperatura global suba até 3°C acima dos níveis pré-industriais ainda neste século.

A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, afirmou que os atuais esforços estão aquém das metas climáticas estabelecidas globalmente. Em coletiva de imprensa em Genebra, Saulo observou que 2023 já foi o ano mais quente registrado, com os primeiros meses de 2024 também apresentando temperaturas recordes. Além dos incêndios e secas, a Europa Central enfrenta graves inundações após a tempestade Boris, com países como Itália, Polônia, República Tcheca, Áustria e Romênia enfrentando alertas e evacuações em massa.

O relatório, que conta com a colaboração de diversas agências da ONU, destaca o potencial das novas tecnologias e inovações para enfrentar as mudanças climáticas. A análise enfatiza a importância das observações espaciais e tecnologias imersivas, como os “gêmeos digitais” e o metaverso, que permitem simular crises e melhorar a gestão de recursos naturais. A coordenadora científica da OMM, Lauren Stuart, sublinhou que os satélites estão aprimorando o monitoramento das emissões de gases de efeito estufa, essencial para mitigar os impactos climáticos e alcançar as metas do Acordo Climático de Paris.

A inteligência artificial e o aprendizado de máquina também são destacados como transformadores, oferecendo previsões meteorológicas mais rápidas e acessíveis. Saulo defendeu uma abordagem transdisciplinar para enfrentar a crise climática, envolvendo cientistas, formuladores de políticas, comunidades indígenas e a sociedade civil. Ela enfatizou que as decisões atuais terão um impacto significativo no futuro, podendo determinar se o mundo alcançará um avanço sustentável ou enfrentará um colapso.

O relatório e os apelos da OMM serão discutidos na Cúpula do Futuro, marcada para os dias 22 e 23 de setembro, com a expectativa de que novas estratégias e compromissos sejam firmados para abordar a crise climática de maneira eficaz e global.

*Com informações da ONU News.


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