Na terça-feira (17/09/2024), uma proposta de destituição do presidente francês Emmanuel Macron avançou para a próxima fase no processo legislativo após ser aprovada pelo escritório da Assembleia Nacional. A proposta, liderada pelo partido de esquerda radical França Insubmissa, obteve 12 votos favoráveis e 10 contrários, com o escritório da Assembleia Nacional composto por 22 deputados, dos quais 12 pertencem à aliança progressista Nova Frente Popular. A proposta seguirá agora para avaliação na Comissão de Leis.
O texto original da proposta foi assinado por 72 deputados do França Insubmissa, além de apoio de alguns parlamentares ecologistas e comunistas. Em contraste, o Partido Socialista, embora tenha manifestado apoio à ideia, anunciou que votará contra a proposta de forma unânime, como parte de uma estratégia para evidenciar suas diferenças com a esquerda radical.
A presidente do França Insubmissa, Mathilde Panot, celebrou a aprovação inicial da proposta, considerando-a “histórica” e mencionando que uma petição a favor da destituição de Macron conta com mais de 308 mil assinaturas. Clémence Guetté, vice-presidente do grupo da esquerda radical na Assembleia, enfatizou a necessidade de continuar com a iniciativa e a urgência da destituição de Macron.
Por outro lado, a proposta enfrenta forte oposição do campo presidencial. A presidente da Assembleia Nacional, Yaël Braun-Pivet, criticou a decisão como um “desrespeito ao Estado de direito”, enquanto o ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, chefe do grupo dos deputados macronistas, qualificou a proposta e o debate como uma “declaração de guerra às nossas instituições”.
A probabilidade de que a proposta resulte na destituição de Macron é considerada baixa. A votação das eleições legislativas de 7 de julho, convocada inesperadamente pelo presidente, resultou em uma vitória para a Nova Frente Popular, que obteve 193 cadeiras na Assembleia Nacional, aquém da maioria absoluta de 289 deputados. Tradicionalmente, Macron deveria nomear um primeiro-ministro da coligação vencedora, mas, após mais de dois meses de suspense, optou por Michel Barnier, veterano do partido de direita Os Republicanos, que conquistou apenas 47 cadeiras nas últimas eleições.
*Com informações da RFI.
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