Relator do Orçamento de 2025 analisa corte de despesas e rejeita aumento de tributos

O senador Angelo Coronel, relator do Orçamento de 2025, avalia a proposta governamental e considera a redução de despesas como alternativa ao aumento de tributos.
O senador Angelo Coronel, relator do Orçamento de 2025, avalia a proposta governamental e considera a redução de despesas como alternativa ao aumento de tributos.

O senador Angelo Coronel, relator do Orçamento de 2025, declarou que está atualmente analisando a proposta do governo, identificada pelo número PLN 26/24. Coronel se manifestou contra o aumento de tributos como meio para atingir a meta de déficit zero e afirmou que a solução deve passar pelo corte de despesas.

“A meta de déficit zero é viável, mas não pode ser alcançada às custas dos empresários, que são os responsáveis pela geração de empregos e arrecadação de impostos. Se o governo deseja atingir esse objetivo, deve focar na redução de despesas em vez de aumentar a carga tributária”, afirmou Coronel.

O governo incluiu na proposta alguns aumentos de impostos com a finalidade de compensar as perdas decorrentes da desoneração da folha de salários em setores econômicos específicos. A equipe econômica estima que tais desonerações podem gerar uma perda de até R$ 35 bilhões no ano.

O deputado Merlong Solano (PT-PI) apontou que o Orçamento de 2025 enfrenta problemas herdados da administração anterior, como a suspensão do pagamento de precatórios e as reduções no ICMS, que afetaram as finanças estaduais. Solano, que integra a Comissão Mista de Orçamento, reconheceu o ajuste significativo que já está em curso e indicou que o governo pretende ir além, propondo um déficit zero.

“Com o novo marco fiscal, há a possibilidade de um déficit de cerca de R$ 30 bilhões ou até mesmo um superávit de até R$ 30 bilhões”, observou Solano. Ele também mencionou que o governo está adotando medidas para combater a sonegação fiscal e solicitando ao Congresso ações para compensar as desonerações tributárias.

O deputado criticou a inconsistência de alguns parlamentares que defendem o equilíbrio fiscal, mas apoiam medidas que implicam em renúncias fiscais e aumentos de despesas sem uma identificação clara das fontes de receita. Solano também destacou que o espaço para investimentos no Orçamento é limitado e que o Congresso precisará revisar as emendas de comissões permanentes para priorizar obras estruturantes.

Merlong Solano fez essas declarações durante uma entrevista ao programa Painel Eletrônico da Rádio Câmara.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.