Nesta segunda-feira (14/10/2024), teve início a segunda fase da campanha de vacinação contra a poliomielite para crianças no centro da Faixa de Gaza. O processo de imunização foi interrompido quando uma escola, que servia como posto de vacinação, foi atingida por um ataque, resultando em 22 mortes.
Um outro incidente ocorreu no pátio do hospital Al Aqsa, em Deir Al-Balah, onde um incêndio atingiu tendas utilizadas como abrigos temporários. As chamas se espalharam enquanto muitas pessoas dormiam, destruindo estruturas de metal e equipamentos de emergência.
Imagens divulgadas pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa) mostram equipes de resgate em busca de sobreviventes no hospital, em meio aos destroços. A porta-voz da Unrwa, Louise Wateridge, afirmou que o incidente no hospital foi apenas um dos vários ataques ocorridos durante a noite em Gaza. Segundo ela, as vítimas eram pessoas em busca de segurança em meio à intensificação dos combates na região.
Apesar dos obstáculos impostos pelo conflito, que teve início após os ataques liderados pelo Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, a Unrwa e parceiros da ONU prosseguiram com a campanha de vacinação. Na segunda rodada, que ocorre entre 16 e 22 de outubro, a meta é imunizar cerca de 590 mil crianças menores de 10 anos contra a poliomielite. A vacinação também inclui a administração de vitamina A, visando fortalecer a imunidade das crianças em um contexto de precárias condições sanitárias.
A situação humanitária em Gaza permanece crítica. No norte, os esforços de vacinação enfrentam desafios devido à escassez de ajuda humanitária, que está bloqueada desde o início de outubro. Segundo a ONU, a região norte de Gaza sofre com a falta de itens essenciais, como alimentos e suprimentos médicos, resultado do fechamento de postos de controle e das operações militares em andamento.
O coordenador humanitário da ONU, Muhannad Hadi, afirmou que mais de 400 mil pessoas enfrentam pressões para se deslocarem do norte para o sul, em meio a ordens de evacuação emitidas pelos militares israelenses. O campo de Jabaliya, uma das áreas mais afetadas, permanece cercado, com dezenas de milhares de deslocados e muitos habitantes impossibilitados de sair de suas casas. A intensificação dos confrontos tem resultado no fechamento de serviços essenciais, incluindo postos médicos e abrigos temporários.
*Com informações da ONU News.
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