O Conselho de Segurança das Nações Unidas convocou, nesta segunda-feira (28/10/2024), um debate aberto sobre a situação no Oriente Médio, em resposta a uma solicitação do Irã, que recentemente sofreu ataques a alvos militares em seu território. A reunião ocorre em um contexto de crescente tensão entre Israel e Irã, intensificada por uma série de ataques recíprocos que colocam em risco a estabilidade da região.
Na abertura da reunião, o secretário-geral assistente para o Oriente Médio, Ásia e Pacífico, Mohamed Khiari, alertou que a recente troca de ataques entre os dois países pode levar a uma escalada do conflito. Ele enfatizou a necessidade de que ambas as partes cessem as provocações e busquem soluções que favoreçam a paz e a estabilidade na região.
Khiari informou que, nas primeiras horas do dia 26 de outubro, as Forças de Defesa de Israel realizaram “ataques precisos contra alvos militares no Irã”, incluindo instalações destinadas à fabricação de mísseis. Esses ataques foram descritos por Israel como uma resposta a um ataque iraniano contra seu território ocorrido em 1º de outubro. Esta declaração marca um momento significativo, pois é a primeira vez que as forças israelenses assumem a responsabilidade por ataques realizados em solo iraniano.
No mesmo dia, a Síria informou que Israel também realizou ações militares dentro de seu território, supostamente nas regiões centro e sul, com o objetivo de atacar defesas aéreas do governo sírio e uma base de radar. Durante a reunião, Khiari mencionou declarações do Irã que indicam que os disparos aéreos israelenses atingiram várias localidades nas províncias de Khuzistão, Ilam e Teerã, embora a maioria dos mísseis tenha sido interceptada pelo sistema de defesa aéreo iraniano.
O Irã confirmou a morte de quatro oficiais militares e um civil em decorrência dos ataques. O Estado-Maior das Forças Armadas iranianas declarou que os ataques causaram “danos limitados e menores” a diversos sistemas de radar.
Diante desse cenário, Khiari fez um apelo a todos os envolvidos para que cessem todas as ações militares a fim de evitar uma guerra regional total. Ele também enfatizou a importância de retomar o diálogo e a diplomacia como meios de resolução do conflito.
*Com informações da ONU News.
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