EUA consideram que ‘chegou o momento’ de encerrar a guerra em Gaza

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, destaca a necessidade urgente de cessar os conflitos em Gaza, enquanto a situação humanitária se deteriora na região.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, destaca a necessidade urgente de cessar os conflitos em Gaza, enquanto a situação humanitária se deteriora na região.

Na quarta-feira (23/10/2024), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, declarou que “chegou o momento” de encerrar a guerra em Gaza, pedindo a Israel que evite uma escalada militar em resposta a um recente ataque de mísseis iranianos. Blinken fez essas declarações após uma visita oficial a Israel, que faz parte de sua turnê pela região, com o objetivo de conter a escalada militar em um mês que marca o início de novos confrontos no Líbano entre Israel e o Hezbollah.

No sul do Líbano, muitas famílias abandonaram suas residências em Tiro, uma cidade que sofreu ataques intensos nesta quarta-feira. O Exército israelense emitiu um aviso para que a população evacuasse os bairros locais. Mortada Mhanna, responsável pelo centro de gerenciamento de crise local, relatou que “a situação é muito ruim” e que esforços estão sendo feitos para evacuar todos os residentes.

Esta visita de Blinken à região é a décima primeira desde o início da guerra em Gaza, que teve início em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas contra Israel. A escalada de conflitos se espalhou para o Líbano, onde várias tentativas de mediação internacional para um cessar-fogo fracassaram. Blinken ressaltou que Israel já atingiu “a maioria de seus objetivos estratégicos” em Gaza, enfatizando a importância de garantir que um ataque semelhante ao de 7 de outubro não ocorra novamente.

A morte de Yahya Sinouar, líder do Hamas, em 16 de outubro, foi considerada por Blinken como uma “oportunidade importante” para a devolução de reféns e para a conclusão da guerra. Por outro lado, fontes de segurança relataram que o Exército israelense estava preparado para meses adicionais de combates em Gaza e no Líbano, afirmando que Israel não está apenas em conflito com Gaza ou o Líbano, mas também com o Irã, diretamente ou por meio de seus aliados.

Blinken também enfatizou a necessidade de Israel facilitar a entrada de ajuda humanitária em Gaza, citando “progresso” que considerou insuficiente. No entanto, um ataque israelense nesta quarta-feira resultou na morte de quatro pessoas em Gaza, e a Organização Mundial da Saúde adiou uma campanha de vacinação contra a poliomielite devido à intensificação dos bombardeios.

Desde o início da ofensiva israelense em resposta ao ataque de 7 de outubro, mais de 42.792 palestinos foram mortos, a maioria civis, conforme dados do Ministério da Saúde do Hamas, que são considerados confiáveis pela ONU. Em Israel, 1.206 pessoas também perderam a vida, segundo levantamento da AFP.

O Líbano enfrenta uma crise humanitária significativa, com bombardeios contínuos no sul e leste do país, onde o Hezbollah é ativo. A chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, alertou que “o Líbano está à beira do colapso”, em um momento crítico antes de uma conferência internacional sobre a situação no país. Israel busca neutralizar a ameaça do Hezbollah e permitir o retorno de cerca de 60.000 deslocados devido a ataques de foguetes.

Embora o Hezbollah tenha sofrido perdas, o grupo continua a reivindicar ataques contra Israel, e um diplomata ocidental mencionou a possibilidade de um desdobramento de forças internacionais no sul do Líbano, caso haja um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.

*Com informações da RFI.


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