Feira de Santana: Cidade com história de títulos no esporte

Feira de Santana acumula décadas de destaque em diversas modalidades esportivas, com atletas que marcaram presença nacional e internacionalmente.
Feira de Santana acumula décadas de destaque em diversas modalidades esportivas, com atletas que marcaram presença nacional e internacionalmente.

Feira de Santana consolidou sua posição no cenário esportivo com conquistas em diversas modalidades ao longo das décadas. Desde o vale-tudo, hoje conhecido como MMA, até o ciclismo, boxe, judô, karatê, natação e futebol de salão, a cidade produziu atletas que conquistaram títulos estaduais, nacionais e internacionais. Os representantes de Feira levaram o nome da cidade a competições importantes, sendo reconhecidos pela dedicação e desempenho em suas respectivas modalidades.

No vale-tudo, um dos nomes mais marcantes é Renato Pereira, conhecido como o “Escorpião de Ibirapuera”. Com 79 anos e enfrentando as consequências físicas de sua carreira, Renato representou Feira de Santana entre os anos 1963 e 1985, participando de combates intensos no Ginásio de Ibirapuera, em São Paulo. Ele enfrentou lutadores renomados, como Euclides Pereira, um dos maiores nomes do esporte no país, e consolidou sua trajetória na luta livre antes que o estilo evoluísse para o MMA moderno.

Antes de Renato, outro lutador de destaque em Feira foi Didi, que perdeu sua posição de liderança para o “Escorpião”. No boxe, o peso médio Raimundo Sampaio, conhecido como Raimundo Cururu, representou a cidade nas competições locais e em Salvador, antes de seguir para o Sudeste do país.

Feira de Santana também se destacou no levantamento de peso, com os irmãos Soares, que marcaram presença na Academia Atlética Feirense. Asdrúbal Soares Boaventura, oito vezes campeão baiano e campeão brasileiro, participou do Campeonato Brasileiro em 1962, além de conquistar o quarto lugar nos Jogos Pan-Americanos. Seu irmão, Aristocles, também acumulou títulos estaduais e nacionais, sendo campeão Pan-Americano em Medellín e alcançando a décima quinta posição no Mundial da Suécia.

No karatê, Feira de Santana foi representada por Denilson Caribé e Dourival Caribé, ambos responsáveis por elevar o nível da modalidade no Brasil. Dourival, em particular, conquistou o título de campeão mundial no Japão, superando os próprios criadores da arte marcial. O oitavo dan Wilobaldo Moraes Pedreira é outro nome de destaque no karatê, assim como Ari Silva Pina, que fez carreira antes de se transferir para o Espírito Santo.

Edson Kuppi e Péricles César Neto, no judô, também marcaram a história esportiva da cidade. Péricles, com títulos nacionais, estabeleceu-se nos Estados Unidos, onde continuou sua trajetória. No basquete, Kleber Vitorio, conhecido como Klebão, com seus dois metros e 11 centímetros de altura, jogou em clubes renomados como Corinthians e Monte Líbano, além de conquistar títulos com a seleção brasileira, incluindo o campeonato sul-americano. Aníbal Baiano também representou Feira na seleção de basquete.

O fisiculturismo teve atletas de renome, como Tarciso, Renato Pereira, Deijaci Guimarães e Aloísio Brito, que trouxeram títulos para a cidade. No ciclismo, Inocêncio, campeão baiano, junto com Messias Portugal e Raimundo, destacou-se em competições importantes. Nos ringues, Titico conquistou o título de campeão de vale-tudo no peso leve, enquanto Wilson Tayrowick, de origem turca, tornou-se uma figura respeitada no esporte.

No futebol de salão, Zequinha, goleiro do Feira Tênis Clube, foi reconhecido como o melhor da Bahia. O atletismo também trouxe conquistas para a cidade, com Renildo Brito, conhecido como “Luizinho, o artilheiro de Ogum”, que foi campeão Norte/Nordeste em corrida e salto em distância, mantendo um recorde por muitos anos. Jean Parente, na natação, representou Feira em competições sul-americanas, enquanto Chiquinho Assis conquistou a travessia marítima Mar Grande/Salvador.

Feira de Santana produziu muitos atletas que marcaram época e deixaram um legado no esporte, tanto no Brasil quanto no exterior. Essas conquistas, no entanto, não recebem a devida celebração nos dias atuais, apesar da relevância histórica para a cidade.


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