FMI eleva projeção de crescimento do PIB do Brasil para 3% em 2024

Previsão atualizada reflete resultados econômicos positivos no primeiro semestre, mas projeção para 2025 aponta desaceleração.
Previsão atualizada reflete resultados econômicos positivos no primeiro semestre, mas projeção para 2025 aponta desaceleração.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024, elevando-a de 2,1% para 3%. A nova estimativa foi divulgada durante a reunião anual do órgão em Washington, destacando a recuperação econômica do país. Segundo o FMI, o desempenho superior ao esperado no primeiro semestre, aliado ao fortalecimento do mercado de trabalho, ao controle da inflação e ao aumento da renda, contribuíram para o ajuste positivo nas previsões. Além disso, o impacto econômico das enchentes no Rio Grande do Sul foi menor que o previsto, o que também favoreceu a revisão da projeção.

Embora a projeção para 2024 tenha sido elevada, as perspectivas para 2025 indicam uma desaceleração no crescimento econômico. O FMI reduziu a estimativa para 2,2%, ante a previsão anterior de 2,4%. O ajuste reflete a expectativa de menor estímulo fiscal e os efeitos de juros elevados, que podem limitar a expansão da atividade econômica. A taxa Selic, principal índice de juros do país, está atualmente em 10,75% ao ano, mas o boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central, indica que a taxa pode encerrar 2024 em 11,75%.

As novas projeções do FMI para o Brasil ainda se encontram abaixo das estimativas oficiais. A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda projeta um crescimento de 3,2% para 2024, com base em dados econômicos e indicadores internos que apontam uma recuperação mais forte. A divergência entre as previsões reflete diferentes avaliações sobre a intensidade dos fatores que impulsionam o crescimento, como as políticas públicas e o cenário externo.

O desempenho econômico do Brasil no segundo trimestre de 2024, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou crescimento de 1,4% em comparação com o trimestre anterior, superando as expectativas do mercado. O resultado contribuiu para o aumento das estimativas de crescimento para o ano, e o mercado financeiro aguarda com atenção os dados referentes ao terceiro trimestre, que serão divulgados em 3 de dezembro. Esses indicadores serão cruciais para avaliar a sustentabilidade da recuperação econômica e os efeitos das políticas monetárias e fiscais em vigor.

O FMI atualizou suas projeções econômicas para vários países durante o evento em Washington, levando em consideração as condições econômicas globais e os desafios específicos enfrentados por cada nação. Para o Brasil, os ajustes positivos indicam uma maior resiliência da economia diante de adversidades internas e externas, embora a continuidade do crescimento dependa de fatores como a estabilidade das taxas de juros, a condução da política fiscal e o comportamento dos mercados globais.

*Com informações da Agência Brasil.


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