Fundação Hospitalar de Feira de Santana realiza capacitação sobre prevenção da sífilis gestacional

Profissionais de saúde participam da palestra sobre sífilis gestacional promovida pela Fundação Hospitalar no Hospital Inácia Pinto dos Santos.
Profissionais de saúde participam da palestra sobre sífilis gestacional promovida pela Fundação Hospitalar no Hospital Inácia Pinto dos Santos.

A Fundação Hospitalar de Feira de Santana promoveu, na manhã de sexta-feira (25/10/2024), uma palestra voltada para a capacitação de profissionais de saúde do Hospital Inácia Pinto dos Santos, conhecido como Hospital da Mulher, sobre a prevenção da sífilis gestacional. A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida ao bebê durante a gestação, ocasionando problemas como má formação ou até morte fetal. O evento foi realizado na biblioteca do hospital e fez parte das ações do Outubro Verde, uma campanha do Ministério da Saúde destinada a informar a população sobre os riscos associados à sífilis e suas consequências para recém-nascidos de mães infectadas.

Durante quatro horas, o enfermeiro Valternei de Oliveira Morais, doutorando em saúde coletiva pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e coordenador do Comitê Municipal de Combate à Sífilis, discorreu sobre a importância do pré-natal adequado, da utilização de preservativos, da testagem para a detecção da sífilis e do tratamento correto para mães e parceiros em casos de infecção. Morais destacou que a capacitação dos profissionais de saúde é um passo fundamental para a redução das taxas de internação prolongada de gestantes e recém-nascidos, alinhando as práticas da unidade às novas diretrizes do Ministério da Saúde.

O palestrante destacou que muitas gestantes podem ser portadoras da sífilis sem terem sido diagnosticadas. Ele afirmou que a detecção precoce é crucial, pois a infecção pode ser assintomática, acarretando riscos para o bebê.

“A sífilis pode permanecer sem diagnóstico e tratamento por anos. Quando uma gestante contrai a bactéria e não realiza exames, a infecção pode ser assintomática, mas o bebê pode ser afetado, resultando em má formação ou até óbito, situações que poderiam ser evitadas”, alertou.

Morais enfatizou que o tratamento para sífilis congênita envolve o uso de antibióticos. Em casos de alergias, existem opções combinadas a serem seguidas conforme orientação médica. Ele recomendou que as gestantes realizem o pré-natal corretamente e façam o teste rápido para sífilis e outras doenças infecciosas disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Em caso de diagnóstico, é fundamental iniciar o tratamento para prevenir a sífilis congênita no bebê e tratar também o parceiro. O uso de preservativos em todas as relações sexuais é uma recomendação essencial, não apenas durante a gestação, mas ao longo da vida.

A coordenadora de enfermagem do Hospital da Mulher reforçou a importância das ações do Outubro Verde para capacitar os profissionais de saúde, seguindo todos os protocolos do Ministério da Saúde.

“As gestantes que chegam à emergência da nossa unidade realizam um teste rápido para sífilis. Se o resultado for reagente, seguimos o protocolo para titulação da sífilis através do VDRL, que avalia o nível de contaminação, e a partir disso definimos o tratamento adequado para a gestante e o acompanhamento do recém-nascido”, explicou a coordenadora.


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