O Furacão Milton chegou à costa da Flórida nesta quarta-feira (09/10/2024), com intensidade máxima de categoria 5, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos. Após ser rebaixado temporariamente à categoria 4, Milton recuperou sua força total, representando risco elevado para as regiões costeiras. O fenômeno acontece duas semanas após o Furacão Helene, que deixou mais de 230 mortos em seis estados, incluindo a Flórida.
A tempestade ameaça áreas densamente povoadas, como a Baía de Tampa, que deve ser uma das mais afetadas. As autoridades locais, incluindo a prefeita de Tampa, Jane Castor, advertiram sobre os perigos, afirmando que aqueles que permanecerem nas zonas de evacuação obrigatória enfrentarão risco de morte. Até o momento, mais de 5,5 milhões de pessoas foram orientadas a deixar a costa oeste do estado, em uma das maiores retiradas da história da Flórida.
O furacão deve atingir Tampa entre a noite de quarta-feira e a madrugada de quinta-feira (10). A cidade de Orlando, que abriga a maior comunidade brasileira da Flórida, com cerca de 66 mil pessoas, não está incluída na zona de evacuação, mas os residentes estão se preparando para os impactos da tempestade.
Brasileiros em Orlando se preparam para a chegada de Milton
Orlando, localizada próxima a Tampa, é a cidade com maior concentração de brasileiros na Flórida. Embora esteja fora do perímetro de evacuação, muitos moradores da área, como Maria Oliveira Turin, de 23 anos, estão se preparando para possíveis impactos. Maria e seu pai decidiram permanecer em casa, e, desde a passagem do furacão Helene, começaram a estocar água e alimentos. A brasileira relatou que os postos de gasolina já estão desabastecidos, mas o tráfego em Orlando continua normal.
Apesar da proximidade com Tampa Bay, Orlando está em uma posição mais protegida, o que pode reduzir a força do furacão ao chegar à cidade. No entanto, Maria destacou que, mesmo assim, a expectativa para a chegada de Milton é diferente. A previsão é de ventos intensos, possivelmente da categoria 5, o que causará fortes tempestades e chuvas.
Repercussão e medidas do governo dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comentou sobre a gravidade da situação e classificou o Furacão Milton como o mais devastador dos últimos cem anos. Afirmou que está em comunicação constante com as autoridades locais e com a FEMA (Agência Federal de Emergência) para coordenar as medidas necessárias de resposta ao desastre. Como parte dessa preparação, Biden cancelou compromissos internacionais, incluindo viagens à Alemanha e à África, para acompanhar de perto a situação.
Debate sobre categoria 6 de furacões
Pesquisadores indicam que o Furacão Milton, assim como o Helene, são indicativos de uma tendência de tempestades mais intensas, que podem estar relacionadas ao aquecimento global. Em estudos recentes, especialistas sugeriram que furacões com ventos acima de 309 km/h, como o Milton, poderiam inaugurar a categoria 6, ainda inexistente, na classificação atual de tempestades.
*Com informações da RFI.
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