Em 25 de outubro de 1985, Irmã Dulce, proclamada Santa pela Igreja Católica em 2019, foi homenageada em Feira de Santana com o título de Cidadã Feirense. A homenagem, realizada pela Câmara Municipal, teve origem na Resolução número 166, de 20 de novembro de 1984, proposta pelo vereador Flantildes Ribeiro Oliveira. O título foi concedido como reconhecimento pelo trabalho de Irmã Dulce em benefício das pessoas necessitadas. Durante a cerimônia, ela resumiu seu compromisso com a causa ao afirmar que se considerava apenas uma trabalhadora da vontade divina.
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, nascida em Salvador em 1914, demonstrou desde a infância uma inclinação à vida religiosa. Aos 13 anos, ainda muito jovem para ingressar no Convento de Santa Clara, formou-se professora em 1932 e, no ano seguinte, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe. Fez seus votos perpétuos em 1933, adotando o nome Irmã Dulce em homenagem à sua mãe.
Aos 22 anos, em 1936, fundou a União Operária São Francisco, além de contribuir para a criação do Colégio Santo Antônio e um albergue para doentes, que mais tarde se transformaria no Hospital Santo Antônio. A dedicação à causa dos pobres e doentes continuou ao longo de sua vida, culminando em 1949 com a transformação de um galinheiro do Convento Santo Antônio em um albergue. O espaço posteriormente deu origem ao Hospital Santo Antônio, parte das Obras Sociais Irmã Dulce.
A trajetória de Irmã Dulce foi amplamente reconhecida, incluindo a indicação ao Prêmio Nobel da Paz em 1988 e o reconhecimento como Serva de Deus pelo Papa João Paulo II em 2000. No dia 13 de outubro de 2019, Irmã Dulce foi canonizada pelo Papa Francisco, tornando-se Santa Dulce dos Pobres. Ela foi a primeira santa brasileira da era contemporânea, conforme destacado pelo Arcebispo Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger.
O vínculo de Irmã Dulce com Feira de Santana foi fortalecido pela homenagem recebida em 1985, quando se tornou oficialmente cidadã feirense. Seu legado de amor fraterno, voltado sempre para os outros, é lembrado até hoje, especialmente por aqueles que se orgulham de tê-la como uma das mais ilustres cidadãs da cidade. A dedicação de Irmã Dulce à caridade e ao cuidado com os mais necessitados permanece como um exemplo de serviço altruísta à humanidade.
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