Mariana Rozario, escritora, poeta e advogada de Feira de Santana, participa pela primeira vez da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) como atração na Tenda Paraguaçu. O evento, em sua 12ª edição, ocorre entre 17 e 20 de outubro de 2024, em Cachoeira, Bahia, e reúne nomes de destaque na literatura, como Zezé Motta, Liniker, Itamar Vieira Junior, Elisa Lucinda e Jeferson Tenório. Sob curadoria da escritora Calila das Mercês, a Tenda Paraguaçu sedia debates literários e é o principal espaço do evento. Rozario participará da mesa “Palavras de onde venho: Leituras, Inspirações, Escritos e Invenções” na sexta-feira (18), às 15h, ao lado de Jeferson Tenório e Marcus Vinícius Rodrigues, com mediação do jornalista Felipe Oliveira. O encontro será realizado na orla de Cachoeira, com entrada gratuita.
Jeferson Tenório, natural do Rio de Janeiro e residente em Porto Alegre, é vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Romance Literário pela obra “O Avesso da Pele”, que explora as vivências de um homem negro no Brasil contemporâneo. Marcus Vinícius Rodrigues, escritor baiano, professor e membro da Academia de Letras da Bahia, traz à mesa sua experiência literária reconhecida pelo Prêmio Nacional da entidade, obtido pela coletânea de contos “A Eternidade da Maçã”. O encontro propõe uma discussão sobre os percursos que moldam a produção literária e as intersecções entre memória, história e literatura.
Mariana Rozario, que acompanha a Flica desde a primeira edição em 2011, quando ainda era apenas uma leitora e aspirante a escritora, considera esta participação uma conquista significativa em sua trajetória. Para a autora, dividir o espaço com Jeferson Tenório, referência da literatura contemporânea, representa um momento marcante. Rozario compartilha uma ligação afetiva com Cachoeira, cidade natal de sua família paterna, e com São Félix, terra de sua mãe. A dualidade entre Recôncavo e Sertão permeia sua obra, especialmente em “Pequeno acervo de desmemórias”, lançado em agosto de 2024.
No livro, Mariana aborda o tempo como elemento essencial para a construção e o apagamento de memórias, explorando suas vivências em Cachoeira e a história familiar. A prosa poética do trabalho convida o leitor a refletir sobre questões sociais que influenciam o cotidiano, como o racismo e o machismo, entrelaçando experiências pessoais com uma crítica mais ampla à sociedade. A obra recebeu destaque da poeta Nina Maria, que apresentou o livro como um testemunho sobre a inevitável presença da memória e da poesia em nossas vidas. Durante a Flica, “Pequeno acervo de desmemórias” estará disponível para venda na livraria oficial do evento e no site da editora Caravana.
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